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ITA 2024:

13. (ITA 2024) A respeito do livro Nós matamos o cão tinhoso, de Luís Bernardo Honwana, assinale a alternativa INCORRETA.

  1. A perspectiva infantil, como no conto que dá título ao livro, acaba por destacar as contradições e tensões sociais produzidas pelo colonialismo.
  2. Em todos os contos do livro, a violência do racismo, seja qual for a sua natureza, é denunciada.
  3. O silenciamento, como em “A velhota”, pode ser interpretado como uma estratégia de sobrevivência, preservação da humanidade e cuidado com os outros.
  4. O uso de termos do idioma ronga é uma das características linguísticas do livro.
  5. No livro, não há questionamentos quanto às estruturas sociais do poder colonizador, apenas quanto aos aspectos culturais do colonialismo.

14. (ITA 2024) A respeito de Nós matamos o cão tinhoso, de Luís Bernardo Honwana, assinale a alternativa CORRETA.

  1. A crítica ao colonialismo é circunscrita às mulheres, como em “Dina”.
  2. O vocabulário com termos do idioma ronga é uma forma de inscrever, na própria linguagem, o sucesso humanitário do colonialismo português.
  3. O uso de termos do idioma ronga é uma forma de inscrever, na própria linguagem, o desprezo para com a cultura local por parte do escritor.
  4. Marcas de oralidade e vocabulário, a despeito da ocupação portuguesa, sugerem uma identidade cultural autônoma e forte.
  5. Uma das características que as personagens apresentam é o elitismo introjetado pelos povos colonizados, como em “Nhinguitimo”.

15. (ITA 2024) Leia abaixo o excerto do conto “A velhota”, de Luís Bernardo Honwana. Em seguida, assinale a alternativa INCORRETA. “Não, eu não contaria.

Não fora para isso que viera para casa. Além disso, não seria eu a destruir neles fosse o que fosse. A seu tempo alguém se encarregaria de os pôr na raiva. Não, eu não contaria.”

  1. O narrador revela a sua certeza em relação ao futuro de seus irmãos e deixa transparecer a sua impotência para evitar isso.
  2. A recusa do narrador em relatar o que lhe acontecera é uma maneira de poupar a sua família de maiores preocupações.
  3. A violenta dominação portuguesa é representada por aqueles que agrediram o narrador.
  4. A raiva a que se refere o narrador aparece, o tempo todo, em suas relações familiares, tanto com seus irmãos, quanto com sua mãe.
  5. Assim como Madala, o narrador do conto não tem o que fazer, além de suportar as violências às quais é submetido, inclusive para proteger sua família.

16. (ITA 2024) No conto “Dina”, de Luís Bernardo Honwana, o capataz, ao descobrir que Maria é filha de Madala, desespera-se e oferece ao ancião a tarde de folga para que ele possa conversar com a moça. Tal passagem sugere que:

  1. o capataz se arrependeu de ter violentado Maria, pois nutria por Madala grande estima e consideração.
  2. apesar de todas as violências cometidas pelo capataz contra os negros, estuprar uma mulher na presença do pai dela extrapola toda e qualquer ética possível entre homens.
  3. Madala recebia do capataz um tratamento privilegiado, principalmente em relação ao tempo de descanso, e, por isso, era menosprezado por seus iguais.
  4. o capataz teve receio de alguma tentativa de retaliação por parte de Madala e seus companheiros, o que o fez reavaliar as suas atitudes violentas.
  5. por ter se apaixonado pela moça, o capataz quis agradar ao seu velho pai, por quem nutria grande afeto, respeito e consideração.

17. (ITA 2024) A respeito do romance O avesso da pele, de Jeferson Tenório, assinale a alternativa CORRETA.

  1. Trata-se de um narrador em terceira pessoa, onisciente, que apresenta seus julgamentos a respeito das ações das personagens.
  2. Trata-se de um narrador onisciente, que reproduz, inclusive, pensamentos e memórias das personagens.
  3. Trata-se de um narrador em primeira pessoa, que reproduz as suas próprias memórias e as de seus pais.
  4. Trata-se de um narrador em primeira pessoa, que reproduz apenas as suas próprias memórias e sentimentos.
  5. Trata-se de um narrador em segunda pessoa, onisciente, que reproduz apenas as memórias do seu pai.

18. (ITA 2024) Tema predominante ao longo de O avesso da pele, a tomada de consciência sobre a negritude pode ser verificada em todos os trechos seguintes, EXCETO EM:

  1. “Resistir fazia parte da sua vida e você nunca havia se questionado por que as coisas eram assim. Nunca se questionou por que era pobre, nunca se questionou por que vivia sem pai. Nunca se perguntou por que a polícia o abordava na rua com tanta frequência. A vida simplesmente acontecia e você simplesmente passava por ela.”
  2. “para ela [Martha], o racismo se fortalecia justamente quando começávamos a falar sobre ele, que isso era uma coisa que já deveria ter sido superada. E falar sobre a cor da pele só fortalecia o preconceito.”
  3. “quando pela primeira vez você ouviu a palavra ‘negritude’, seu entendimento sobre a vida tomou outra dimensão, e você se deu conta de que ser negro era mais grave do que imaginava.”
  4. “Você tinha dezenove anos, mas ainda não sabia muita coisa sobre autoestima, nem sobre se valorizar e essas coisas necessárias para manter a sanidade, por isso você não conseguia olhar por muito tempo nos olhos dele.”
  5. “no dia em que você me perguntou que cor eu tinha e foi a primeira vez que eu olhei para os meus braços e vi que tínhamos quase a mesma cor, eu era pequeno, mas eu disse que não sabia que cor era aquela.”

19. (ITA 2024) Leia abaixo os excertos 1 e 2 e, em seguida, as asserções I, II e III. Por fim, assinale a alternativa CORRETA.

1. “Não ousou endireitar-se mais porque sabia que apenas deveria largar o trabalho quando ouvisse a ordem traduzida num berro.” (“Dina”, Luís Bernardo Honwana).

2. “Então, no início da rua, você viu uma viatura com sirenes tocando, e àquela altura da sua vida, aos catorze anos, você já havia aprendido que aquela visão era um problema, não que você tivesse consciência de que a polícia te abordava porque você era negro, mas sua experiência já te dizia para se manter longe das viaturas.” (O avesso da pele, Jeferson Tenório).

I. Em Moçambique ou no Brasil, no passado ou no presente, a população negra, jovem ou idosa, deve se portar de determinada maneira a fim de “minimizar” os efeitos do racismo e da dominação.

II. Em Moçambique ou no Brasil, no passado ou no presente, o racismo e a submissão social acontecem a despeito do comportamento da população negra.

III. Mulheres negras que se submetem às violentas imposições dos dominadores racistas são poupadas e acabam por ter alguns privilégios.

  1. Apenas I e IIII são verdadeiras.
  2. Apenas I e II são verdadeiras.
  3. I, II e III são verdadeiras.
  4. Apenas II é verdadeira.
  5. Apenas I é falsa.

20. (ITA 2024) Tendo em vista o romance O avesso da pele, avalie as asserções de I a IV e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA.

I. Juliana e Martha, assim como Henrique, lidam com o racismo de modo consciente e combativo, sem jamais deixar de perder a ternura.

II. A tomada de consciência em relação ao racismo é um processo que acontece de maneira semelhante para Henrique e Martha, às vezes com culpa, às vezes com júbilo.

III. Martha, apesar de sofrer as consequências do racismo e do machismo, não se sente uma vítima e, por isso, não assume uma postura combativa contra isso.

IV. No romance, um processo que afeta todas as personagens, mas de maneiras diferentes e nem sempre no mesmo grau, é a conscientização sobre o racismo.

  1. Todas são verdadeiras.
  2. Apenas II e III são verdadeiras.
  3. Apenas I e IV são verdadeiras.
  4. Todas são falsas.
  5. Apenas III e IV são verdadeiras.

21. (ITA 2024) Na peça A falecida, Nelson Rodrigues mergulha na realidade social do Rio de Janeiro da década de 1950. Sinal disso

  1. são as referências ao mundo da alta cultura, como as óperas e os concertos sinfônicos frequentados pelas personagens da peça.
  2. é a incorporação da linguagem bíblica nos diálogos, a fim de reforçar o moralismo e a necessidade de defender os bons costumes populares.
  3. é a ambientação na Zona Sul carioca, região mais rica do Brasil naquela época.
  4. são a linguagem coloquial, com muitas gírias, e os elementos do cotidiano, como o futebol e o jogo do bicho.
  5. é o experimentalismo estético que leva a peça ao limite do vanguardismo e da dissolução dos gêneros.

22. (ITA 2024) A exemplo da peça A falecida, são elementos que atestam a modernidade do teatro de Nelson Rodrigues:

  1. o privilégio absoluto da palavra, com diálogos versificados e formas fixas, característica maior do texto dramatúrgico.
  2. a recusa a tratar da vida frenética dos centros urbanos, característica do parnasianismo programático do autor.
  3. a unidade de objetividade, realidade e verossimilhança, segundo as regras da mimese clássica, fixadas na Poética, de Aristóteles.
  4. a incorporação de elementos do cinema e da crônica jornalística, como o diálogo espontâneo do cotidiano, cortes de cena, elipses e flashback.
  5. o artificialismo burguês do melodrama romântico, atualizado pelo dramaturgo para a comédia de costumes do século XX.

23. (ITA 2024) A respeito de Zulmira, protagonista de A falecida, é possível afirmar que:

I. seu apego ao racional e ao mundo real a faz tomar consciência de sua situação precária e marginalidade social.

II. trai seu marido, Tuninho, porque ela achava que ele a considerava suja e fria.

III. seu escapismo é fruto de sua insatisfação com a própria precariedade em que vive.

IV. sua obsessão pela morte e por um enterro luxuoso é uma forma de negar sua realidade depauperada.

  1. I, II e IV são falsas.
  2. II, III e IV são verdadeiras.
  3. apenas II é falsa.
  4. apenas I e III são falsas.
  5. apenas III é verdadeira.

24. (ITA 2024) A respeito de Tuninho, personagem de A falecida, é possível afirmar que:

  1. ele recusa a chantagem de Pimentel e distribui aos pobres o dinheiro que ganhou honestamente, trabalhando como pipoqueiro no estádio do Maracanã.
  2. ele exige de Pimentel que honre seu compromisso e pague a conta da festa de debutante de Glorinha.
  3. mostra-se tão derrotado quanto Zulmira, sua esposa, a quem nega o último desejo.
  4. ele não é hipócrita e, após a morte de Zulmira, sua esposa, esforça-se para honrar a sua memória, como prometeu a ela.
  5. ele não se deixa abater pelo desemprego e pela falta de perspectivas, lutando bravamente para mudar de vida como jogador profissional de sinuca.

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