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UFPR 2023: Filosofia

64. (UFPR) Pintar um rosto como “objeto” não é despojá-lo do que “traz pensado”. “Acho que o pintor o interpreta”, diz Cézanne, “o pintor não é imbecil”. Mas esta interpretação não deve ser pensada separadamente da visão. “[Ao] pintar todos os pequenos azuis e todos os pequenos marrons, [ele faz] olhar como ele olha ... Ao diabo se duvidarem como, casando um verde matizado com um vermelho, entristece-se uma boca ou faz-se sorrir uma face”.

(MERLEAU-PONTY, Maurice. A dúvida de Cézanne. São Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 118. Coleção Os Pensadores.)

De acordo com essa passagem e com o ensaio de que foi retirada, é correto afirmar que cabe ao pintor:

  1. reproduzir os objetos tais como realmente são.
  2. refletir na pintura seu estado psicológico.
  3. usar arbitrariamente as cores com as quais compõe os objetos.
  4. representar os objetos segundo regras estabelecidas de composição.
  5. reproduzir os objetos tal como os vê.

65. (UFPR) As afirmações a seguir são de Hylas e foram todas retiradas do Diálogo entre Hylas e Philonous, de George Berkeley. Qual delas mostra que Hylas finalmente admitiu o idealismo defendido por seu interlocutor, Philonous?

(BERKELEY, George. Três diálogos entre Hylas e Philonous. Curitiba: UFPR. SCHLA, 2012, p. 29, 73, 37, 63 e 51, respectivamente.)

  1. “Existir é uma coisa, ser percebido é outra.”
  2. “Tudo que posso fazer é formar ideias na minha própria mente. [...] E isso está longe de ser prova de que posso concebê-las existindo fora das mentes de todos os espíritos.”
  3. “O calor e o frio são apenas sensações que existem em nossas mentes. Entretanto, ainda restam qualidades suficientes para assegurar a realidade das coisas externas.”
  4. “Cores, sons, sabores, resumindo, tudo aquilo denominado qualidades secundárias, certamente não existem fora da mente. Mas ao admiti-lo, não significa que eu rejeite qualquer coisa da realidade da matéria ou dos objetos externos.”
  5. “Considero uma grande omissão o fato de não ter distinguido suficientemente objeto e sensação. Embora a sensação não possa existir sem a mente, disso não se segue que o objeto não possa.”

66. (UFPR) Os homens supõem comumente que todas as coisas da natureza agem, como eles mesmos, em consideração de um fim, e até chegam a ter por certo que o próprio Deus dirige todas as coisas para determinado fim, pois dizem que Deus fez todas as coisas em consideração do homem, e que criou o homem para que lhe prestasse culto.

(ESPINOSA, B. Ética. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro I. Apêndice. p. 117. Coleção Os Pensadores.)

Nesta passagem, Espinosa:

  1. critica os homens por orientarem suas ações em consideração de um fim.
  2. defende que a natureza foi criada tendo-se em vista fins desconhecidos pelos homens e conhecidos apenas por Deus.
  3. descreve o modo de pensar que impede os homens de produzirem uma explicação adequada dos eventos naturais.
  4. explica por que se deve buscar conhecer os fins em vista dos quais todas as coisas foram criadas por Deus.
  5. oferece as razões pelas quais é impossível separar a ciência da religião.

67. (UFPR) Maquiavel considera que é muito útil “poder acusar perante o povo, perante um magistrado ou mesmo perante um conselho, os cidadãos que praticarem algum ato contra o estado livre”. Pois, com isso, escreve ele, “se institui um lugar para o desafogo daqueles humores que crescem nas cidades contra qualquer cidadão. Quando estes humores não têm onde se desafogar ordinariamente, buscam modos extraordinários”.

(MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. In: MARÇAL, J. (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 437.)

Nessa passagem, Maquiavel elogia a instituição romana da acusação pública porque ela:

  1. reconhece os direitos dos cidadãos de maneira equitativa.
  2. confere soberania ao povo, reconhecendo-o como a fonte das leis.
  3. oferece um lugar institucional para a manifestação de conflitos.
  4. garante a todos os indivíduos a plena liberdade de expressão.
  5. impõe obediência às leis.

68. (UFPR) [As] experiências comuns resultantes do lugar social que ocupam impedem que a população negra acesse certos espaços. […] Quando falamos de direito à existência digna, à voz, estamos falando de locus [lugar] social, de como este lugar imposto dificulta a possibilidade de transcendência. Absolutamente não tem a ver com uma visão essencialista de que somente o negro pode falar de racismo, por exemplo.

(RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Editora Letramento, 2017. p. 64.)

De acordo com a passagem acima e com a obra de que foi retirada, locus social é o lugar:

  1. escolhido voluntariamente por um determinado grupo social como seu lugar de fala.
  2. que define quem tem o direito de falar sobre determinados assuntos.
  3. que determina a essência de cada grupo social.
  4. em que se abrem ou se restringem oportunidades a determinados grupos sociais.
  5. que assegura a todo grupo social uma existência digna.

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