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UFPR 2025: História

46. (UFPR 2025) Com a adoção do Islã, religião propagada pelo profeta Maomé, os árabes iniciaram uma grande sequência de conquistas territoriais que foram sedimentadas com a formação dos califados omíada (a partir de 661 d.C.) e abássida (a partir de 750 d.C.). Alguns fatores fizeram com que essa expansão e sua subsequente manutenção fossem facilitadas, entre eles:

  1. os laços diplomáticos estabelecidos com as regiões do norte da Europa cristã, especialmente o tratado entre o califado abássida e o reino franco de Carlos Martel.
  2. a permissão de que povos conquistados mantivessem suas religiões mediante o pagamento da jizia, imposto cobrado de súditos não muçulmanos.
  3. o fundamentalismo religioso dos árabes, que eram movidos pelo fervor da jihad, termo que pode ser traduzido como “guerra santa”.
  4. a realocação da capital dos califados para Constantinopla, cidade bizantina conquistada pelas forças islâmicas e localizada entre a Ásia e a Europa.
  5. a conversão voluntária de judeus, especialmente no norte da África e na península Ibérica, que ficaram conhecidos como moçárabes.

47. (UFPR 2025) Leia o excerto a seguir:

O Império integrava suas populações? O Império, embora fundado nas cidades, abriu suas fronteiras internas e permitiu uma circulação mais intensa de pessoas, de credos, de objetos, de influências culturais […] O Império, contudo, nunca foi um todo homogêneo. Era possível ser romano de várias maneiras em toda a sua extensão territorial. Isso valia para a religião, para aspectos da cultura material — como habitações, vestuários, modos de enterramento —, ou para a língua do dia a dia.

Guarinello, N. L. História Antiga. São Paulo: Editora Contexto, 2016. p. 158. Adaptado.

O trecho aborda a pluralidade do contexto social e político do Império Romano. Com base no texto e nos conhecimentos de História Antiga, assinale a alternativa que apresenta duas características responsáveis por essa pluralidade identitária

  1. O cristianismo e a implementação do parlamento romano.
  2. A urbanização e a política de Pão e Circo.
  3. A invenção dos aquedutos e a proibição da escravidão.
  4. A construção de estradas e a universalização da cidadania romana.
  5. A educação filosófica e o uso do grego como língua franca.

48. (UFPR 2025) A nossa compreensão do período que vai de Filipe, o Belo a Henrique IV ficaria muito facilitada se fossem suprimidos dos livros de História dois termos solidários e solidariamente inexatos: “Idade Média” e “Renascimento”. Com isso se abandonaria todo um conjunto de preconceitos. Ficar-se-ia, especialmente, livre da ideia de ter havido um corte brusco que veio separar uma época de luz de um período de trevas.

Delumeau, J. A Civilização do Renascimento. Lisboa: Editora Estampa, 1994. p. 19. v. 1. Adaptado.

No trecho, o historiador Jean Delumeau aponta que uma separação bem demarcada entre o período medieval e o período renascentista é fruto de análises historiográficas posteriores, e não necessariamente dos processos históricos ocorridos entre os séculos XIV e XVI. Com base no texto e nos conhecimentos sobre História Moderna, assinale a alternativa que apresenta corretamente um elemento de continuidade entre os períodos.

  1. A organização política e econômica feudal, que se espalhou das regiões francesas para a península Itálica especialmente nos séculos XV e XVI.
  2. A doutrina de Despotismo Esclarecido, que embasava a legitimidade dos governantes no Medievo e manteve-se firme nos séculos seguintes.
  3. A religiosidade cristã, marcante nos séculos medievais e perceptível em diversas obras artísticas e textos do Renascimento no Ocidente.
  4. O espírito cruzadístico, que moveu diversas campanhas militares desde o século XI e, no Renascimento, delimitou o movimento inquisitorial.
  5. A ideia de antropocentrismo, que foi amplamente discutida nos mosteiros medievais e ganhou verniz cultural com os artistas do Renascimento.

49. (UFPR 2025) Em julho de 2021, manifestantes incendiaram uma estátua do bandeirante Borba Gato, localizada na Zona Sul de São Paulo. A ação foi considerada vandalismo por alguns e um ato político por outros. A dissonância nessas posturas revela um embate público sobre a construção de imagens e memória da História do Brasil. Assinale a alternativa que explica corretamente esse embate entre a construção de imagens dos bandeirantes e a memória da História do Brasil.

  1. Por serem portugueses de nascimento, bandeirantes como Borba Gato passaram a ser vistos de forma negativa durante o período da República Velha, uma vez que o novo governo buscava fomentar o nacionalismo por meio de personagens nativos da História do Brasil.
  2. Tradicionalmente considerados heróis e forjados como símbolos de identidade nacional, os bandeirantes passaram a ser questionados pela historiografia recente por suas ações violentas e excludentes, como o assassinato, a caça e a tentativa de escravização de indígenas nativos.
  3. Desprezados desde o início do século XX por movimentos culturais como o dos modernistas, os bandeirantes foram recuperados como fruto de orgulho nacional durante a ditadura militar, motivo pelo qual passaram a ser questionados novamente após a redemocratização.
  4. Símbolos marcantes da identidade brasileira, os bandeirantes foram idolatrados por seu vasto conhecimento sobre o território, ao passo que, mais recentemente, passaram a ser questionados por não representarem o Brasil como um todo, dada sua vinculação exclusiva com São Paulo.
  5. Embora muitos bandeirantes fossem violentos, motivo que sustenta certos questionamentos contemporâneos, a caça aos indígenas não era a prerrogativa das expedições, que são, hoje, louvadas pelo pioneirismo na catalogação de espécies de fauna e flora nativas no território brasileiro.

50. (UFPR 2025) Em 18 de setembro de 1850, o imperador D. Pedro II assinou a Lei 601, também conhecida como Lei de Terras. Esse é um marco legislativo importante na História do Brasil, pois representa:

  1. um passo rumo à abolição da escravidão, já que a alforria poderia ser comprada junto a uma parcela de terras devolutas.
  2. o primeiro exemplo de reforma agrária bem-sucedida no país, com o rígido controle sobre a grilagem de terras.
  3. um privilégio aos imigrantes italianos recém-chegados, com a distribuição de títulos de terra.
  4. o rompimento com o latifúndio já estabelecido, dada a possibilidade da aquisição de pequenas propriedades.
  5. a restrição da propriedade de terra e de sua aquisição em contexto de crescente trabalho livre.

51. (UFPR 2025) Assinale a alternativa que corresponde ao movimento mexicano inspirado pela oposição ao regime ditatorial de Porfírio Diaz (1876-1910) e que, desde então, luta por autonomia popular, justiça social e direito à terra.

  1. Castrismo
  2. Sandinismo
  3. Peronismo
  4. Bolivarianismo
  5. Zapatismo

52. (UFPR 2025) Leia o excerto a seguir:

O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional para o Povo Judeu e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país.

Disponível em: https://imagesonline.bl.uk/asset/2781. Adaptado.

O texto apresentado foi retirado de um documento público conhecido como Declaração de Balfour, que consiste em uma carta escrita pelo secretário britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur Balfour, para o líder da comunidade judaica no Reino Unido, Lionel Rothschild, em 1917.

Considerada um indicativo importante para a formação de um Estado judeu no Oriente Médio, o contexto histórico e político da Declaração pode ser identificado como

  1. de imperialismo britânico e de divisão do Império Otomano.
  2. de busca por petróleo e pelo desmantelamento das lideranças dos partidos palestinos.
  3. de atuação internacional da ONU e de contenção do avanço bolchevique.
  4. de sionismo e de reparação histórica pelo Holocausto.
  5. de nacionalismo árabe e de supressão do radicalismo islâmico

53. (UFPR 2025) Leia o excerto a seguir:

[...] ninguém coloniza inocentemente, ninguém coloniza impunemente; uma nação colonizadora, uma civilização que justifica a colonização – portanto a força – já é uma civilização doente, uma civilização moralmente atingida [...]. Colonização: uma cabeça de ponte, em uma civilização, da barbárie que, a qualquer momento, pode levar à pura e simples negação da civilização.

Césaire, A. Discurso sobre o Colonialismo. São Paulo: Veneta, 2020. p. 21. Adaptado.

Esse texto, publicado originalmente por Aimé Césaire em 1950, denuncia as violências do colonialismo europeu e seus efeitos morais tanto para o mundo colonizado quanto para a Europa. A respeito do colonialismo europeu na África e seu legado para o continente no século XX, assinale a alternativa correta

  1. As classificações étnico-raciais e o estabelecimento de fronteiras arbitrárias por parte das metrópoles ajudam a explicar diversos conflitos civis em países africanos formados após o processo de descolonização.
  2. A captura e o tráfico de pessoas escravizadas, intensificados entre os séculos XIX e XX, ajudaram a criar um clima de violência que deu origem aos governos ditatoriais e guerras civis no continente africano.
  3. A interdição para a construção de ferrovias e escolas, por parte das metrópoles, barrou o desenvolvimento econômico de diversos países africanos, ocasionando crises de fome após a descolonização.
  4. A proibição de missões catequizadoras cristãs, condutoras de uma doutrina igualitária e universalista, abriu espaço para o surgimento de discriminações raciais e econômicas na formação de países africanos.
  5. O recrutamento de soldados africanos durante a Segunda Guerra interrompeu a implementação da democracia na África por parte das metrópoles colonialistas, o que ocasionou o surgimento de governos autoritários e da violência interétnica

54. (UFPR 2025) Em 17 de maio de 1974, por meio da representação de Ernesto Geisel e Alfredo Stroessner, foi criada a entidade Itaipu Binacional, que gerenciaria as obras da usina de Itaipu. A data representa o comprometimento com a intenção firmada em 1966 entre Brasil e Paraguai com a assinatura da “Ata do Iguaçu”, considerada uma demonstração da união entre as duas ditaduras. Com o desvio do Rio Paraná, houve a inundação de uma larga área para a viabilização da hidrelétrica, submergindo toda a região da barragem. Sobre o contexto envolvendo ditadura militar e a construção de Itaipu, assinale a alternativa correta.

  1. A construção da hidrelétrica de Itaipu foi motivada pela escassez energética, fruto da crise econômica que sucedeu o “milagre econômico”, possibilitando, por um lado, o abandono de modelos de energia nuclear e, por outro, a independência do petróleo venezuelano.
  2. O projeto da usina hidrelétrica de Itaipu é um exemplo das várias demonstrações centenárias de união entre Paraguai e Brasil, países que tradicionalmente manifestaram um compromisso mútuo com as agendas um do outro e, durante as respectivas ditaduras militares, estreitaram ainda mais seus laços políticos e econômicos.
  3. O desenvolvimentismo da ditadura envolveu debates entre diferentes setores da sociedade, polarizados entre aqueles que o viam como avanço moderno, representado na construção da hidrelétrica de Itaipu, e aqueles que o condenavam por violações a diferentes povos – no caso de Itaipu, o povo Avá-Guarani.
  4. A ditadura militar brasileira coexistiu com outras ditaduras no Cone Sul, o que fez com que variados projetos de expansão ameaçassem a soberania nacional do Brasil, sendo a construção de Itaipu uma demonstração contrária a essa tendência e, portanto, um motivo de comemoração binacional.
  5. Os países sul-americanos sob ditadura militar eram apoiados pelos Estados Unidos, o que fazia da existência de projetos nacionalistas de soberania energética uma ameaça aos interesses norte-americanos, tornando Itaipu, portanto, uma exceção dentro do contexto ditatorial brasileiro.

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