Unesp 2021-1: Geografia
Primeira Fase - Cursos da Área de Biológicas
1. (Unesp 2021) Embora tenha relação com estímulos à produção e aos investimentos em infraestrutura no país, a dívida externa brasileira é um obstáculo
- ao pleito do Brasil de se tornar líder econômico do Mercosul, já que uma das condições para o recebimento de recursos é a submissão do país ao FMI.
- à participação brasileira em órgãos reguladores, já que os contratos que garantem o pagamento compulsório da dívida comprometem a autonomia decisória do país.
- ao superávit da balança comercial brasileira, já que o recebimento de recursos é atrelado à compra de produtos fabricados pelos países credores.
- à entrada do país no Conselho de Segurança da ONU, já que a existência de dívidas sinaliza a falta de controle do país sobre sua própria economia.
- à redução das desigualdades sociais, já que parte dos recursos públicos arrecadados é destinada ao pagamento de parcelas e dos juros da dívida.
2. (Unesp 2021)
O mapa trata de eventos ocorridos no século XIX e no início do século XX. As áreas destacadas dizem respeito
- à dispersão e ao assentamento de grupos contrários à administração imperial.
- a conflitos geopolíticos pelo uso de aquíferos com limites internacionais.
- a guerras e disputas internacionais pela definição das fronteiras brasileiras.
- a revoluções civis pela igualdade de diretos às pessoas sujeitas à xenofobia.
- a núcleos rurais ocupados por imigrantes indiferentes às leis brasileiras.
3. (Unesp 2021) No gráfico, cada ponto corresponde à taxa de desemprego e à taxa de inflação de serviços para um determinado mês de um determinado ano entre 2003 e 2017.
Considerando as características das variáveis e a dispersão dos dados analisados, o gráfico indica
- um panorama positivo, revelado pela linha de inflação de serviços decrescente, que propicia pedidos de ajuda financeira internacional e alimenta a criação de novas empresas.
- que o desemprego tende a ser maior conforme avançam os anos de maior inflação de serviços, como revela o sentido decrescente da linha pontilhada.
- uma redução da inflação de serviços, condição própria dos países em desenvolvimento e capaz de estimular novas contratações.
- que uma taxa de desemprego maior, ao gerar menos renda e menor demanda por serviços, tende a reduzir a inflação de serviços.
- um cenário de recessão, demonstrado pela tendência ao total desemprego, característica de economias frágeis e voláteis que interrompem a prestação de serviços.
4. (Unesp 2021) A natureza predatória do desmatamento da Amazônia mostra-se no fato de que, com seus 750 mil km2 de área desmatada, a região contribui com 14,5% do valor do produto agropecuário brasileiro. São Paulo tem área agrícola de 193 mil km2 e entra com 11,3% da produção nacional.
(Ricardo Abramovay. Amazônia, 2019. Adaptado.)
Os dados apresentados no excerto contribuem para colocar em xeque
- o discurso segundo o qual o desmatamento da Amazônia é necessário para o crescimento econômico.
- a pretensa vocação agrária brasileira, que apresenta resultados econômicos artificiais.
- a concepção de unidade territorial que busca comparar áreas ambientalmente diversas.
- a proposta de geração de renda atrelada à preservação da floresta amazônica.
- o senso comum sobre a elevada fertilidade do solo paulista.
5. (Unesp 2021) Média das anomalias registradas durante agosto de 2020
As anomalias observadas no mapa promovem
- estiagens severas na região Nordeste do Brasil.
- secas prolongadas no sudeste do continente asiático.
- menor precipitação na região Sul do Brasil.
- longos períodos chuvosos no litoral do Chile.
- chuvas intensas na porção sul dos Estados Unidos.
6. (Unesp 2021) A disponibilidade de água no Brasil é elevada, se comparada à de outras regiões do mundo.
No entanto, quando se consideram o potencial hídrico no território e a distribuição da população brasileira por regiões, notam-se
- a distribuição desigual do recurso e a possibilidade de escassez hídrica.
- a homogeneidade da matriz energética nacional e o predomínio de assentamentos litorâneos.
- a transposição do recurso e a criação artificial de demandas.
- a valorização de áreas bem abastecidas e os fluxos migratórios de transumância.
- a perda do recurso por mau uso e o desequilíbrio na ocupação de bacias hidrográficas.
7. (Unesp 2021) Há cinco anos, na China, a febre do compartilhamento de bicicletas atraiu bilhões de dólares de investidores e de clientes, gastos pelas startups na compra de milhões de novas bicicletas, para conquistar participação de mercado. Quando o colapso inevitável chegou, a maioria das empresas faliu, deixando autoridades municipais com os custos de limpar a bagunça.
(https://6minutos.uol.com.br, 19.09.2020. Adaptado.)
Nesse cenário, o problema a ser administrado pelas autoridades municipais é
- a reestruturação do sistema de transporte, constituído por ciclovias que foram inutilizadas com a falência das empresas.
- o correto descarte das bicicletas, que podem contaminar o meio ambiente se o acúmulo for negligenciado.
- o monopólio das empresas sobreviventes, concentradoras das bicicletas disponibilizadas à população.
- a presença local de fábricas de bicicletas, poluidoras em seus processos de extração de matérias-primas.
- a devolução das bicicletas pelos usuários, que foram surpreendidos com o fechamento das empresas no país.
8. (Unesp 2021) A Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, é um marco importante para a questão ambiental. Em diversos países, essa conferência estimulou
- o nascimento de órgãos de defesa do meio ambiente e a criação de leis de controle da poluição.
- a fundação de organizações não governamentais e a estatização de empresas poluidoras.
- a catalogação de áreas ricas em espécies nativas e a transferência de sua propriedade à ONU.
- a implantação de áreas de preservação permanente e a cobrança de taxas para a sua visitação.
- o movimento de valorização do campo e a elaboração de políticas de permanência de campesinos na terra.
9. (Unesp 2021) Nas atividades cotidianas de indústrias, de empresas ou de pessoas em suas residências, o empenho pelo aumento da eficiência energética pode contribuir para
- reestruturar sistemas de produção e reduzir as possibilidades de as sociedades usufruírem de seus bens.
- ampliar a dependência global por petróleo e redesenhar as alianças políticas alinhadas ao seu consumo.
- contornar o déficit global por energia e redistribuir os recursos entre os países de maneira igualitária.
- valorizar a oferta de fontes renováveis e extinguir gastos com subsídios públicos ao setor energético.
- otimizar os recursos energéticos e reduzir os impactos ambientais relacionados à sua produção.