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UNICAMP 2024: História

13. (UNICAMP 2024) Estudos, publicados na Nature Geoscience e na revista Science, apontam para a queda acentuada das temperaturas na Europa e na Ásia a partir do ano de 536, gerando a chamada “Pequena Idade do Gelo da Antiguidade Tardia”. As mudanças nas temperaturas podem ter sido causadas por erupções vulcânicas, cujos efeitos foram reforçados pelas correntes oceânicas, pela expansão do gelo e pela coincidência de um mínimo solar (século VI). A conjugação desses fatores teria gerado mudanças efetivas na história, já que a agricultura e a pastagem teriam sido diretamente atingidas. Exemplos dessas relações entre o clima e a história humana podem ser encontrados na Antiguidade, como a invasão da Europa por vários povos das estepes, a queda do segundo império persa, a entrada dos turcos na Anatólia, o início da expansão árabe, entre outros.

(Adaptado de: CRIADO, M.l Á. “Uma pequena ‘idade do gelo’ pode ter mudado a história da Antiguidade (...)”. El País, fev, 2016.) Com base em seus conhecimentos sobre a Antiguidade e tendo em vista o excerto anterior, é correto afirmar que

  1. a história do planeta Terra e a história humana são indissociáveis; eventos do século VI são bons exemplos disso: mudanças nos ecossistemas teriam gerado peste, fome e escassez, levando aos deslocamentos de povos.
  2. a “Pequena Idade do Gelo da Antiguidade Tardia”, assim como as mudanças climáticas dos séculos XX e XXI, foram provocadas, em especial, pela ação humana e também pelas mudanças nas paisagens dos campos.
  3. os efeitos das mudanças climáticas no passado eram locais; os eventos históricos citados se desconectavam das mudanças nos ecossistemas encontrados na Europa e na Ásia.
  4. os estudos sobre as mudanças nas temperaturas no século VI apresentam uma visão sobre o passado, destacando como grupamentos humanos controlavam as mudanças na natureza.

14. (UNICAMP 2024) “Dos pretos é tão própria e natural a união que a todos os que têm a mesma cor, chamam parentes; a todos os que servem na mesma casa, chamam parceiros; e a todos os que se embarcam no mesmo navio, chamam malungos.”

(VIEIRA, Padre Antônio. Sermão XX. Parte II. Lisboa: Impressão Craesbeeckiana, p. 165, 1688.)

Sobre as comunidades de malungos no período da escravidão, é correto afirmar, de acordo com o texto, que são formadas

  1. nos laços entre africanos de múltiplas etnias, os quais haviam atravessado juntos o Atlântico.
  2. no encontro dos africanos nas senzalas, no exercício de ofícios e no trabalho da lavoura.
  3. no Novo Mundo por pessoas de uma mesma etnia que se reconheciam como iguais.
  4. nos quilombos rurais e urbanos, formados por escravizados fugidos de muitas etnias.

15. (UNICAMP 2024) No processo de Independência, várias tropas indígenas foram recrutadas para proteger o território contra uma possível invasão portuguesa no litoral cearense entre setembro e novembro de 1822. Já os índios da vila de Cimbres, em Pernambuco, se posicionaram em 1824 a favor de Dom João VI, opondo-se à Independência e à Constituição. No entanto, o que parecia ser mais comum era o engajamento dos índios no projeto de Brasil independente, identificando-se como “brasileiros”. Nas revoltas, buscavam muito menos se contrapor aos europeus e, assim, lutar por uma nova posição social que não mais os obrigasse ao trabalho forçado.

(Adaptado de: COSTA, J. P. P. “Povos indígenas e a Independência”. Disponível em: https://bicentenario2022.com.br/textos/. Acesso em 21/05/2023.)

Tendo em vista seus conhecimentos sobre a participação dos povos indígenas no processo de Independência, e considerando o texto do blog citado, assinale a alternativa correta.

  1. As disputas dos ameríndios em torno do “ser brasileiro” visavam à manutenção da ordem social vigente.
  2. As populações indígenas participaram, com projetos políticos específicos, dos processos da Independência.
  3. A independência era entendida pelos indígenas como uma ameaça a Dom João VI, símbolo da nação brasileira.
  4. A diversidade da ação indígena se relacionava à distribuição de terras e títulos estabelecidos pela Corte portuguesa.

16. (UNICAMP 2024) Muitos fotógrafos no século XIX registraram obras de engenharia. O francês Édouard Baldus (1813-1889) atuou, primeiro como pintor e depois como fotógrafo, no inventário de monumentos arquitetônicos da Comissão dos Monumentos Históricos (1851) na França. Suas fotografias sobre esses monumentos renderam-lhe fama de fotógrafo de arquitetura. Sob encomenda, Baldus editou um álbum para a Companhia dos Caminhos Férreos do Norte (1855) e registrou estações, instalações ferroviárias, portos e cidades, ao longo desta via entre Paris e a cidade de Boulogne-sur-Mer. A rainha Vitória ganhou um exemplar dessa publicação.

(Adaptado de: OLIVEIRA, E. R. Vistas fotográficas das ferrovias: a produção de registros de obra pública no Brasil do século XIX. Hist cienc saude-Manguinhos [Internet], 25(3), p. 695-723, 2018.)

Tendo em vista seus conhecimentos sobre mundo contemporâneo e considerando o texto, assinale a alternativa correta.

  1. Na Europa do século XIX, a difusão social das fotografias das obras públicas se dava por meio de jornais impressos com baixa circulação social e restrita aos estudiosos.
  2. No século XIX, a dissociação entre as fotografias de obras públicas e a vida política europeia expressa a desvalorização da técnica e do conhecimento científico positivista.
  3. A fotografia teve vários usos e funções no século XIX, entre eles, o de compor inventários arquitetônicos e retratar obras de engenharia.
  4. O álbum fotográfico dado à rainha Vitória era um gesto diplomático que mostrava o descontentamento francês com a política inglesa.

17. (UNICAMP 2024) É correto afirmar que a fotografia anterior

  1. foi produzida durante a Guerra Fria e documenta o sequestro, no sudeste asiático, da parte dos soldados norte-americanos, de mulheres. O estupro e a prostituição forçada são aceitos pelas cortes internacionais como estratégia de guerra, já que os crimes de guerra referem-se apenas às armas usadas nos campos.
  2. comprova a ação dos soldados norte-americanos, durante a Guerra do Vietnã, em relação às mulheres e às crianças fotografadas. A prostituição consensual era usada como estratégia de criação de novos laços sociais e o povoamento dos territórios conquistados.
  3. traz a imagem de mulheres enfileiradas, capturadas e obrigadas a se prostituírem durante a II Guerra Mundial. A violação sexual tem sido usada historicamente como arma para fragilizar os supostos inimigos, já que as vítimas da violência sexual trazem marcas da humilhação e da limpeza étnica e tem os laços sociais destruídos.
  4. registra mulheres que, durante a Guerra das Coreias, escolheram se casar e migrar com os soldados japoneses. A violação sexual é uma das marcas dos conflitos entre nações, atingindo em especial mulheres e crianças que, entendidas como vulneráveis, se tornam vítimas do domínio masculino.

18. (UNICAMP 2024) Prisões e torturas igualmente triplicaram, principalmente as de jornalistas. Dentre elas, a mais emblemática foi a de Vladimir Herzog, diretor da TV Cultura, que, embora fosse militante do PCB, não desenvolvia atividade clandestina nem pertencia aos quadros do partido. Herzog foi assassinado dentro do DOI-CODI, sendo a versão oficial de sua morte falsamente atribuída a um enforcamento. Em sua Autobiografia, Rita Lee publicou o bilhete de Elis Regina que fazia menção a uma música feita para “Vlado” e que, obviamente, fora censurada.

(Adaptado de: LIMA, N. Ditadura no Brasil e Censura nas Canções de Rita Lee. Curitiba: Appris, 2019, p.17.)

A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos a respeito desse período da História do Brasil, é correto afirmar, sobre os eventos narrados, que

  1. Rita Lee, Elis Regina, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros artistas nacionais, tiveram suas músicas censuradas pela Ditadura Militar, apesar da manutenção da garantia constitucional da liberdade de expressão.
  2. A Ditadura Militar permitiu a continuidade do Partido Comunista Brasileiro e perseguia sua atuação revolucionária vinculada a Stalin e à União Soviética; por conta disso, prendia e torturava seus filiados.
  3. Centros de detenção da Ditadura Militar, como o DOI-CODI, operaram dentro da legalidade constitucional, sendo que os presos, políticos ou não, eram fichados e tinham direito à defesa garantido por lei.
  4. Vladimir Herzog e outros jornalistas foram vítimas de perseguição política, prisões, torturas e execuções realizadas por militares, com apoio de parte da sociedade civil, em nome da ideologia da segurança nacional.

19. (UNICAMP 2024) Imagem postada em março de 2023 no Reddit, uma comunidade de fóruns, na página específica do Midjourney. Essa página reúne criações feitas na ferramenta de Inteligência Artificial, ferramenta que permite criar imagens hiper-realistas a partir de uma descrição em texto. A imagem viralizou a partir do Twitter. O Papa nunca usou aquele casaco branco

Tradução da legenda: Eu apenas respiro por você. Um beijo, meu belo anjo!

Panfleto anônimo produzido na França pré-revolucionária do final do século XVIII retratando a rainha Maria Antonieta em um romance com a sua amiga, a duquesa Yolande de Polignac.

Com propósitos diferentes, ambas as imagens promovem a desinformação. Comparando historicamente os dois exemplos de desinformação, é correto afirmar que

  1. as campanhas de desinformação podem ser encontradas em diferentes contextos, como visto no uso do panfleto da rainha pela coroa francesa – com o objetivo de defender a monarquia – e na imagem do Papa – que explora a contradição entre a riqueza do Vaticano e os excluídos defendidos por ele.
  2. no século XVIII e no século XXI, a produção e a circulação de fake news e desinformação são controladas pelos aparelhos de censura que revisam conteúdos orais e impressos, ainda que estruturados a partir de tecnologias diferenciadas.
  3. na era digital, a ruptura causada pelo uso de Inteligência Artificial e seu potencial na produção de desinformação está ao alcance do público, na instantaneidade e no realismo da imagem. No início da contemporaneidade, as manipulações em imagens e em notícias eram acessadas pelo público através de jornais e panfletos.
  4. os dispositivos de Inteligência Artificial representam uma ruptura no combate à desinformação ao possibilitar o rastreio e a eliminação instantânea de fake news. No século XVIII, o público era refém de notícias falsas pela ausência desta tecnologia.

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