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Brasil Império III

Simulado com 20 exercícios de História do Brasil com gabarito sobre o tema Brasil Império III com questões de Vestibulares.


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01. (UFMS) Leia o texto a seguir.

"A fome por terra, preocupação que dominou as atenções da primeira frente de ocupação da planície pantaneira na década de 1830, também estava presente entre os novos colonizadores. A exemplo dos primeiros, os que vieram na segunda onda se apossaram de grandes extensões, reproduzindo processos que faziam lembrar as primeiras divisões de terras no Brasil Colônia. O limite de suas ambições não eram modestos.

Essa disposição dos adventícios era apontada pelas autoridades provinciais como um entrave ao desenvolvimento de Mato Grosso porque, além de desestimular a imigração, eles também não recolhiam impostos sobre a terra à Fazenda Pública e não desenvolviam qualquer atividade produtiva."

ESSELIM, Paulo Marcos. A pecuária bovina no processo de ocupação e desenvolvimento econômico do pantanal sul-matogrossense (1830 – 1910). Dourados:Ed. UFGD, 2011. p. 303.

A constituição dos limites nacionais dependeram, especialmente nas regiões fronteiras, de ações efetivas para sua ocupação em nome do Estado. Entretanto, mesmo apresentando pontos que não eram totalmente acertados pelo poder político constituído a capitania, e depois província, de Mato Grosso foi ocupada e teve como elemento de fixação do homem à terra a exploração dos recursos ambientais. Assinale entre as opções a seguir a alternativa correta que está associada ao texto do historiador Paulo Esselim:

  1. a ocupação de Mato Grosso teve como característica marcante a atuação do poder público na divisão de terras, visto a Lei de Terras de 1850.
  2. as terras da capitania e da província de Mato Grosso eram extremamente pobres e sem qualquer recurso que estimulasse sua ocupação, tendo o Estado que intervir e fornecer títulos aos moldes das capitanias hereditárias aos colonizadores, para estimular e efetivar sua posse.
  3. somente refugiados da justiça, delinquentes, degredados e imigrantes ocuparam as terras do antigo Mato Grosso; conforme apresenta o historiador em seu texto, o modelo de ocupação das terras repetiu a estratégia portuguesa para sua colônia americana.
  4. a ocupação da província de Mato Grosso teve, em comum com o período colonial, a constituição da propriedade com extensas porções de terra, fato que desagradava o poder político e desestimulava novas ondas de ocupação.
  5. por ser uma região de fronteira, o poder político desaprova a ocupação de Mato Grosso, sendo estas terras preteridas para a fixação de fortificações como Forte Coimbra, Presídio de Miranda e Forte Iguatemi.

02. (UFRGS) Sobre a sociedade brasileira no século XIX e a construção do Estado imperial, considere as seguintes afirmações.

I - O liberalismo, marcado pela defesa da propriedade privada e livre comércio, foi uma das correntes de pensamento adotadas pelas elites escravocratas brasileiras.

II - A unidade nacional, a integridade territorial e a escravidão estão entre os principais pilares da monarquia.

III- A nobreza imperial, definida como uma classe social distinta, era um segmento restrito reservado àqueles que possuíam vínculos de consanguinidade com a aristocracia europeia.

Quais estão corretas?

  1. Apenas I.
  2. Apenas II.
  3. Apenas III.
  4. Apenas I e II.
  5. I, II e III.

03. (UEMA) O fragmento da escritura pública transcrita a seguir estabelece a legalidade da venda de si próprio em escravidão, em meio à controvérsia sobre a legalidade desse ato.

Escritura Pública de Venda, Belém do Pará, 1780.

“Logo em presença das testemunhas adiante nomeadas, escritas e assinadas, pela dita Joana Baptista foi dito, que ela de seu nascimento sempre foi livre, e isenta de cativeiro; e como ao presente se achava sem pai, nem mãe, que dela pudessem tratar e sustentar assim para a passagem da vida, como em suas moléstias, e nem tinha meios para poder viver em sua liberdade (...) ela de sua livre, e espontânea vontade sem constrangimento de pessoa alguma se tinha ajustado, e contratado com o dito Pedro da Costa, vender-se a si mesma por sua escrava, como se tivera nascido de ventre cativo, e nunca tivesse sido livre, para como tal o servir até sua morte”.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Fundo Cadaval Brasil.

Pode ser identificado, historicamente, como elemento explicativo da situação retratada na Escritura Pública de Venda

  1. a derrota política dos abolicionistas em função da adesão à plataforma do movimento escravocrata.
  2. a força econômica dos cafeicultores, essencialmente escravocratas, que atuava como grande impeditivo para a abolição.
  3. a condição social das mulheres, de profunda dominação, que favorecia o aumento crescente de mulheres escravizadas.
  4. a ação contínua da Igreja Católica em defesa da necessidade da escravidão feminina para manutenção da ordem social.
  5. a busca pela sobrevivência diante das condições de vida dos pobres livres no Brasil colonial e imperial.

04. (ACAFE) “A criação de gado se generalizou, na região, assim como a transformação da carne bovina em charque (carne-seca). O charque era um produto vital...”

Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. 5ª. Edição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1997. Página 168.]

Pode-se afirmar que as questões envolvendo o charque resultaram num conflito ocorrido no período regencial que chegou até o início do Segundo Reinado no Brasil. Nesse sentido, é correto afirmar:

  1. As questões envolvendo o charque foi um dos motivos da Guerra dos Farrapos, iniciada no Rio Grande do Sul.
  2. Esse conflito ocorreu na região mineradora, entre os produtores nordestinos e gaúchos, e ficou conhecido como Guerra dos Emboabas.
  3. A produção de charque em Mato Grosso, área de intensa pecuária no Segundo Reinado, ocasionou um conflito entre produtores locais e estancieiros oriundos do Rio Grande do Sul. A solução foi a divisão de Mato Grosso, criando-se o estado de Mato Grosso do Sul.
  4. Após este conflito, o Imperador D. Pedro II autorizou a importação de charque do Uruguai e da Argentina, já que as charqueadas da região sudeste foram extintas. O charque platino entrava no Brasil com baixas taxas alfandegárias.

05. (UDESC) Em um recenseamento realizado em 1872 como parte das políticas do Segundo Reinado, 58% dos residentes no país (que responderam ao recenseamento) declaravam-se pardos ou pretos e 38% se diziam brancos. Apesar da superioridade numérica, existe muito desconhecimento no que diz respeito às condições de vida das populações africanas e afrodescendentes que residiam no Brasil, durante o Período Imperial.

A respeito destas condições e a partir de seus conhecimentos, analise as proposições.

I. Antes da abolição da escravatura, não havia nenhuma possibilidade de conquista da liberdade por parte dos escravizados e das escravizadas.

II. Africanos e afrodescendentes escravizados e escravizadas formavam uma unidade política extraoficial e lutavam todos pelas mesmas causas, na medida em que possuíam os mesmo costumes, religiões e idiomas.

III. A “Revolta dos Malês”, ocorrida no século XIX, é um exemplo contundente da diversidade existente entre africanos e afrodescendentes escravizados e escravizadas.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente a afirmativa I é verdadeira
  2. Somente a afirmativa II é verdadeira.
  3. Somente as afirmativas II e III são verdadeiras
  4. Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
  5. Somente a afirmativa III é verdadeira.

06. (UECE) Atente ao seguinte fragmento da obra da historiadora Emília Viotti da Costa, a respeito do processo de independência do Brasil:

“A ordem econômica seria preservada, a escravidão mantida. A nação independente continuaria subordinada à economia colonial, passando do domínio português à tutela britânica. A fachada liberal construída pela elite europeizada ocultava a miséria e a escravidão da maioria dos habitantes do país. Conquistar a emancipação definitiva da nação, ampliar o significado dos princípios constitucionais seria tarefa relegada aos pósteros”.

COSTA, Emília Viotti da. Introdução ao estudo da emancipação política do Brasil. In: MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Brasil em perspectiva. 16. ed. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1987. p.125.

Considerando o processo de independência do Brasil, assinale a afirmação verdadeira.

  1. Não ocorreu nenhuma ocultação dos reais problemas sociais e econômicos do país após a independência, já que a elite local buscou solucioná-los imediatamente.
  2. Apenas ocorreu a independência econômica do Brasil, mas não a política, pois a elite nacional europeizada submeteu-se aos interesses da Inglaterra.
  3. Pelo fato de a monarquia ter sido logo adotada como forma de governo, a independência não representou mudanças sociais significativas, pois estas ficariam a cargo de gerações futuras.
  4. Não houve acordo de independência com os Britânicos, que reagiram o quanto puderam à independência do Brasil, já que ela representaria a real autonomia econômica do país.

07. (Mackenzie) “(...). Conquistar a emancipação definitiva e real da nação, ampliar o significado dos princípios constitucionais foi tarefa delegada aos pósteres”.

COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo; Livraria Editora Ciências Humanas, 1979. P.50.

A análise acima, da historiadora Emília Viotti da Costa, refere-se à proclamação da independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. A análise da autora, a respeito do fato histórico, aponta que

  1. apesar dos integrantes da elite nacional terem alcançado seu objetivo: o de romper com os estatutos do plano colonial, no que diz respeito às restrições à liberdade de comércio, e à conquista da autonomia administrativa, a estrutura social do país, porém, não foi alterada.
  2. a independência do Brasil foi um fato isolado, no contexto americano de luta pela emancipação das metrópoles. Isso se deu porque era a única colônia de língua portuguesa, e porque adotava, como regime de trabalho, a escravidão africana.
  3. caberia, às futuras gerações de brasileiros, o esforço no sentido de impor seus valores para Portugal, rompendo, definitivamente, os impasses econômicos impostos à Colônia pela metrópole portuguesa desde o início da colonização.
  4. apesar de alguns setores da elite nacional possuírem interesses semelhantes à burguesia mercantil lusitana e, portanto, afastando-se do processo emancipatório nacional, com a eminente vinda de tropas portuguesas para o país, passaram a apoiar a ideia de independência.
  5. assim como Portugal passava por um processo de reestruturação, após a Revolução Liberal do Porto; no Brasil, esse movimento emancipatório apenas havia começado e só fora concluído, com a subida antecipada ao trono, de D. Pedro II, em 1840.

08. (UECE) O período do final do século XIX, a partir da década de 1860, foi fundamental para o desenvolvimento da cidade de Fortaleza e para a consolidação de sua hegemonia como principal centro econômico e político do Ceará. Importantes obras foram realizadas naquele período: a Construção da Santa Casa de Misericórdia, inaugurada em 1861; o estabelecimento do Seminário da Prainha em 1864; a construção do Colégio da Imaculada Conceição, em 1865, que se juntou ao Liceu do Ceará, fundado em 1845, para atuar na educação dos cearenses; a instalação da iluminação pública a gás em 1866; a criação da Biblioteca Provincial do Ceará em 1867; a construção da estrada de ferro Fortaleza-Baturité, iniciada em 1873 e concluída em 1882; e, por fim, o projeto de reordenamento urbano que ficou sob a responsabilidade do arquiteto Adolfo Herbster a partir de 1875.

Esse processo de desenvolvimento e hegemonia provincial de Fortaleza baseou-se

  1. no desenvolvimento da produção de algodão no interior do Ceará e sua exportação através do porto de Fortaleza, devido ao aumento do preço do produto no mercado mundial após o início da Guerra Civil Americana.
  2. na exportação, pelo porto do Mucuripe, dos produtos oriundos da criação de ovinos e da produção de açúcar, na região rural de Fortaleza.
  3. na grande industrialização baseada nos bens duráveis que eram exportados para a Europa e para os Estados Unidos da América, garantindo um superávit comercial para a província que importava somente produtos agrícolas.
  4. no aprimoramento das instituições de ensino superior da província, o que garantiu o controle do conhecimento científico e tecnológico, fundamental para o estabelecimento da capital cearense como força industrial nacional.

09. (UEMG) “As consequências da escravidão não atingiram apenas os negros. Do ponto de vista da formação do cidadão, a escravidão afetou tanto o escravo quanto o senhor. Se um estava abaixo da lei, o outro se considerava acima. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e à arrogância de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos.”

(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 14ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p. 53)

No século XIX, o combate à escravidão no Brasil relacionou-se à

  1. adesão dos proprietários rurais à plena concretização dos direitos humanos.
  2. elaboração da Constituição por pessoas comprometidas com a justiça social.
  3. criação de leis emancipacionistas para a manutenção da Guerra do Paraguai.
  4. mobilização de diferentes grupos sociais em torno da campanha abolicionista.

10. (UECE) Leia atentamente o seguinte excerto:

“Na tentativa de impor “civilidade” ao habitante da urbe, Pereira Passos vai emitindo, ao longo de sua gestão, uma série de proibições relativas a práticas urbanas comuns na cidade: proíbe que se cuspa na rua e nos bondes, proíbe a vadiagem de caninos, proíbe que se façam fogueiras nas vias da cidade, que se soltem balões, proíbe a venda ambulante de loterias, de exposição de carnes à venda nas ruas, também proíbe o trânsito de vacas leiteiras na cidade e andar descalço e sem camisa. Em uma ação conjunta com tais restrições, Pereira Passos buscou substituir antigas práticas urbanas por novos hábitos tidos como “civilizados”. Desta forma, o prefeito proíbe o entrudo, substituindo-o pela batalha de flores e derruba os quiosques do centro da cidade, estimulando com a sua reforma a abertura de lojas para o chá da tarde”.

AZEVEDO, André Nunes de. A reforma Pereira Passos: uma tentativa de integração conservadora. Revista tempos históricos, volume 19, 2º semestre de 2015, p.167.

O texto acima diz respeito

  1. ao processo de transformações ocorridas no Rio de Janeiro com a vinda da Família Real para o Brasil, após a invasão napoleônica em Portugal no início do século XX.
  2. ao processo de remodelamento e disciplinarização dos espaços urbanos, típicos das reformas ocorridas em várias cidades brasileiras no período da chamada Belle Époque.
  3. às medidas disciplinadoras impostas ao povo pelos governos militares após a derrubada do governo de João Goulart em 1964.
  4. ao modelo de administração proposto pelo Partido Conservador no início da redemocratização pós-64 e adotado, no Rio de Janeiro, pelo então prefeito da cidade.

11. (UECE) Observe o seguinte enunciado: “Com a dissolução da Assembleia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, aumentou a insatisfação com o governo de D. Pedro I, sobretudo no Nordeste. Em 2 de julho de 1824, em Pernambuco, Manuel Carvalho Paes de Andrade lança o manifesto que dá origem ao movimento. Contudo, antes da manifestação ocorrida no Recife, apoiada por Cipriano Barata e por Joaquim da Silva Rabelo (o Frei Caneca), ambos experientes revoltosos, a província do Ceará já tinha sua manifestação contrária ao Imperador, ocorrida no município de Nova Vila do Campo Maior (hoje Quixeramobim), em 9 de janeiro de 1824 e liderada por Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Melo (oPadre Mororó)”.

O movimento ocorrido no Brasil durante o Império a que o enunciado acima se refere é denominado

  1. Revolução Pernambucana.
  2. Revolução Praieira.
  3. Confederação do Equador.
  4. Contestado.

12. (UEFS) Por onde mais se distanciava a ficção parlamentar brasileira do modelo britânico era pelo fato da subida ou da queda de um ministério depender só idealmente, entre nós, de uma eventual maioria na câmara popular.

(Sérgio Buarque de Holanda. “Do Império à República”. In: O Brasil monárquico, tomo II, vol 5, 1985.)

O historiador refere-se ao regime monárquico brasileiro como “ficção parlamentar”, porque

  1. o ordenamento político brasileiro era sustentado pelas tradições orais.
  2. os ministros podiam governar sem contar com o apoio do Parlamento.
  3. o debate de ideias políticas no país estava interditado pelo governo imperial.
  4. a manutenção de grupos dirigentes submetia-se ao exercício do poder moderador.
  5. o poder absolutista do rei proibia a constituição de partidos políticos.

13. (UFRN) Em 1840, foi declarada a maioridade de D. Pedro II, que assumiu o governo do Império, dando início ao mais longo período da monarquia brasileira: o Segundo Reinado (1840-1889). Nesse período,

  1. com a extinção do tráfico negreiro, o sistema de parceria para trazer imigrantes resolveu, com sucesso, a necessidade de mão de obra para a cafeicultura do Oeste Paulista.
  2. com a invenção da borracha vulcanizada e o desenvolvimento da indústria de pneumáticos, o látex da Amazônia passou a ser produto de larga exportação, trazendo prosperidade à região.
  3. nas pioneiras zonas cafeeiras, o café foi transportado por tropas de muares e carros de bois, porém as novas regiões, por serem mais distantes dos portos, utilizaram a navegação pelo Rio Paraíba do Sul e seus afluentes.
  4. na cafeicultura, o uso de técnicas rotineiras, o manuseio da enxada e da foice e a adubação, possibilitavam a manutenção da fertilidade do solo sem necessidade de novas terras para o plantio.

14. (UFGD) De acordo com o historiador Paulo Pereira de Castro, o período regencial brasileiro (1831-1840) teria sido uma “experiência republicana”. Sobre esse contexto, assinale a alternativa correta.

  1. Foi um momento marcado por uma relativa estabilidade econômica, na qual a população detinha uma maior participação política, de acordo com o Ato Adicional de 1834.
  2. Um período em que, embora conturbado politicamente, foram aprovadas algumas medidas de caráter liberal, devido à pressão exercida pela Inglaterra, tais como a reformulação do Código de Processo Criminal, que proibia o tráfico de africanos escravizados.
  3. Expressa um momento em que o país adotou o sistema republicano de governo, liderado apenas por brasileiros. Tal fato provocou protestos por parte dos monarquistas em quase todas as províncias, nas chamadas rebeliões do período regencial.
  4. Período de relativa descentralização política, conferindo certa autonomia às províncias, fato evidenciado pela reformulação do Código de Processo Criminal e a instituição do Ato Adicional de 1834.
  5. Período em que eclodiram diversos levantes nas províncias, protestando contra medidas que visavam ao fortalecimento do poder central, tais como a reformulação do Código de Processo Criminal e a instituição do Ato Adicional.

15. (UFRGS) O processo de formação do Estado nacional brasileiro, no século XIX, envolveu uma série de fatores políticos, sociais e culturais. Considere as afirmações abaixo, sobre esse processo.

I - A vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, ocasionou o completo desmantelamento das elites coloniais, que foram retiradas da administração política.

II - A lei de 07 de novembro de 1831, conhecida como Lei Feijó, declarou livres os escravos importados para o Brasil, impondo penas aos mercadores responsáveis pela entrada desses escravos no território brasileiro.

III- O período entre a abdicação de Pedro I e a regência efetiva de Pedro II foi caracterizado pela consolidação do processo emancipatório, pelo desenvolvimento econômico com a produção do café e pela estabilidade política marcada pela ausência de conflitos armados.

Quais estão corretas?

  1. Apenas I.
  2. Apenas II.
  3. Apenas I e III.
  4. Apenas II e III.
  5. I, II e III.

16. (UFU) A história brasileira é repleta de eventos em que determinados grupos promoveram ações de ruptura das regras do jogo político, visando à conquista do poder, de forma que, tradicionalmente, tais ações, em muitos casos, acabaram por compor a história da nação classificadas como golpes.

Em um desses eventos, o poder central determinou que o exército invadisse o plenário do congresso que estava em reunião para a elaboração da Constituição Brasileira, o que resultou na prisão de diversos deputados e na deportação de outros.

Esse episódio refere-se à

  1. Ditadura Civil-militar.
  2. Declaração da Maioridade.
  3. Noite da Agonia.
  4. Proclamação da República.

17. (UDESC) Em 25 de março de 1824, Dom Pedro I outorgou a Constituição Política do Império do Brasil.

Em relação à Constituição de 1824, assinale a alternativa correta.

  1. O Texto Constitucional foi construído coletivamente pela Câmara de Deputados, votado e aprovado em 25 de março de 1824. Expressava os interesses tanto do partido liberal quanto do partido conservador, para o futuro na nação que recém conquistara sua independência.
  2. A Constituição de 1824 instaurava a laicidade no território nacional, extinguindo a religião católica como religião oficial do império e expressando textualmente que "todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo."
  3. A organização política instaurada pela Constituição de 1824 dividia-se em 4 poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador, sendo que este último determinava a pessoa do imperador como inviolável e sagrada.
  4. A Constituição de 1824 determinou a cidadania amplificada e o direito ao voto para todos os nascidos em solo brasileiro, independentemente de gênero, raça ou renda.
  5. A Constituição de 1824 promoveu, em diversos artigos, ideais de cunho abolicionista. Tais ideais foram respaldo para movimentos políticos posteriores, tais como a Revolta dos Farrapos e a Revolta dos Malês.

18. (ACAFE) D. Pedro II foi o governante brasileiro que mais tempo permaneceu no poder, sendo forçado a exilar-se em 1889, por ocasião da proclamação da república. Acerca do seu governo é correto afirmar, exceto:

  1. Em seu governo, D. Pedro II chegou a romper relações diplomáticas com a Inglaterra; foi a Questão Christie.
  2. Assinou a Lei de Terras de 1850, sendo esta uma das primeiras tentativas de se regulamentar a propriedade privada no Brasil.
  3. Visando proteger o mercado interno foi declarada a Tarifa Alves Branco, que elevava o tributo sobre produtos importados.
  4. Em seu governo, a Guerra da Cisplatina contribuiu para o desgaste de sua imagem e teve como desfecho a independência política do Uruguai.

19. (UFU) “Por volta de 1880, os padrões de Haussmann foram universalmente aclamados como verdadeiro modelo do urbanismo moderno. Como tal, logo passou a ser reproduzido em cidades de crescimento emergente, em todas as partes do mundo, de Santiago a Saigon.”

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Brasiliense, 1990, p.147.

As reformas urbanas foram inspiradas no modelo parisiense a partir de fins do século XIX, influenciando, por exemplo, a intervenção urbanística do prefeito Pereira Passos no Rio de Janeiro.

Sobre tais reformas, é INCORRETO afirmar que

  1. as intervenções buscavam higienizar as cidades com a instalação de redes de esgoto e de água com o objetivo de prevenir epidemias.
  2. as ações urbanísticas modernizantes tinham por objetivo deslocar as massas incivilizadas para as periferias citadinas.
  3. o traçado sinuoso das antigas ruas e avenidas era mantido, visando à preservação das construções de valor histórico.
  4. o alargamento das ruas e das avenidas buscava ampliar a mobilidade e o controle policialesco, agilizando o deslocamento de tropas.

20. (UEMG) “As denúncias de que o exército brasileiro ao lutar na guerra (1864-1870) era formado por escravos não são novas. Ao contrário, têm pelo menos cento e vinte anos. Seus primeiros autores foram os redatores dos jornais paraguaios da época que tratavam de menosprezar o exército brasileiro com base no duvidoso argumento de que, por ser formado por negros, deveria ser de qualidade inferior”.

TORAL, André Amaral de. A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai. Estudos Avançados. v. 9, nº 24, São Paulo, May/ Aug. 1995 (Adaptado).

Sobre os negros como partícipes da Guerra do Paraguai, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. Os exércitos paraguaio, brasileiro e uruguaio tinham alguns batalhões formados exclusivamente por negros. Como exemplos, tem-se o Corpo dos Zuavos da Bahia e o batalhão uruguaio Florida.

II. Na época da Guerra do Paraguai, não existiam negros escravos ou ex-escravos no exército paraguaio. A escravidão havia sido abolida no Paraguai em 1842, por Carlos Lopes, pai de Francisco Solano López.

III. Na época da guerra (1864-1870), no Paraguai, o negro brasileiro era representado como inimigo. O exército brasileiro era o exército macacuno e seus líderes, segundo a propaganda lopizta, eram macacos que pretendiam escravizar o povo paraguaio, conduzindo-os da liberdade à escravidão.

IV. Havia negros no exército brasileiro na Guerra do Paraguai, mas eles já tinham sido libertos.

  1. Apenas I e III.
  2. Apenas II e IV.
  3. Apenas I e IV.
  4. Apenas I, II e III.

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