Albert Einstein 2023-2: História
16. (Albert Einstein 2023-2) As Guerras Púnicas (264-146 a.C.) contra Cartago foram relevantes para os romanos, pois relacionavam-se
- à expansão das fronteiras e ao combate à propagação do cristianismo.
- à ampliação do escravismo e ao domínio político-comercial do mar Mediterrâneo.
- à centralização monárquica e à diminuição do poder do senado.
- à decadência do império e à perda de territórios para os povos bárbaros.
- ao fim da política do pão e circo e à conquista dos tribunos da plebe.
Resposta: B
Resolução: As Guerras Púnicas foram uma série de três conflitos entre a República Romana e Cartago, uma cidade-estado fenícia na costa da atual Tunísia. A guerra teve início em 264 a.C., quando Roma e Cartago disputaram o controle da Sicília, uma ilha estratégica no Mediterrâneo.
Após três guerras, Roma saiu vitoriosa e Cartago foi destruída. Com a vitória, Roma se tornou a potência dominante no Mediterrâneo e expandiu seu domínio sobre as terras cartaginesas.
A ampliação do escravismo foi uma das consequências diretas das Guerras Púnicas. Com a vitória, Roma passou a controlar um grande número de territórios, incluindo a Sicília, que era uma região rica em escravos. Isso levou ao aumento da demanda por escravos, que foram utilizados para trabalhar nas terras agrícolas, nas minas e nas indústrias.
O domínio político-comercial do mar Mediterrâneo também foi uma consequência das Guerras Púnicas. Com a destruição de Cartago, Roma se tornou a única potência naval na região. Isso lhe garantiu o controle das rotas comerciais do Mediterrâneo, o que contribuiu para o crescimento econômico da República.
As demais alternativas não são corretas. A expansão das fronteiras e o combate à propagação do cristianismo não foram objetivos das Guerras Púnicas. A centralização monárquica e a diminuição do poder do senado ocorreram posteriormente, no início do Império Romano. A decadência do império e a perda de territórios para os povos bárbaros ocorreram séculos depois, no final do Império Romano. O fim da política do pão e circo e a conquista dos tribunos da plebe não estão relacionados às Guerras Púnicas.
17. (Albert Einstein 2023-2) Os colonizadores utilizaram a mão de obra indígena, existente em abundância, para a produção e exploração de riquezas, base do sistema econômico implantado. Por sua vez, assumiam o compromisso de proteger os indígenas e instruí-los na fé cristã.
(Paulo Edson Alves Filho. “A colonização espanhola: a sociedade indígena e os modelos propostos pelos teólogos espanhóis do século XVI”. Revista de Estudos Universitários, junho de 2004. Adaptado.)
O excerto descreve uma instituição utilizada na colonização da América Espanhola, denominada
- cuatéquil.
- mita.
- cabildo.
- servidão.
- encomienda.
Resposta: E
Resolução: A encomienda era um sistema de trabalho obrigatório, no qual os indígenas eram obrigados a trabalhar para os colonizadores espanhóis por um determinado período de tempo. Em troca, os colonizadores deveriam protegê-los e instruí-los na fé cristã.
O excerto descreve a utilização da mão de obra indígena para a produção e exploração de riquezas, base do sistema econômico implantado pelos espanhóis na América. Também menciona o compromisso dos colonizadores de proteger os indígenas e instruí-los na fé cristã.
As demais alternativas não são corretas. O cuatéquil era um sistema de trabalho compulsório utilizado pelos astecas. A mita era um sistema de trabalho obrigatório utilizado pelos incas. O cabildo era uma instituição de governo local nas colônias espanholas. A servidão era um sistema de trabalho não obrigatório, no qual os indivíduos eram obrigados a trabalhar por um determinado período de tempo para pagar uma dívida.
Portanto, a resposta correta é a (e), encomienda.
Aqui está um resumo das principais características da encomienda:
Os indígenas eram obrigados a trabalhar para os colonizadores espanhóis por um determinado período de tempo, geralmente um ano.
O trabalho podia ser realizado em qualquer atividade, incluindo agricultura, mineração e construção.
Os indígenas recebiam um salário, mas ele era geralmente insuficiente para suas necessidades básicas.
Os colonizadores eram responsáveis por proteger os indígenas e instruí-los na fé cristã.
A encomienda foi um sistema de trabalho abusivo, que contribuiu para o extermínio de grande parte da população indígena da América.
18. (Albert Einstein 2023-2) Inconfidência Mineira, designação de que francamente não gosto, e que não uso; a palavra inconfidência vem dos donos do poder e não da oposição. Vem da contrarrevolução e não da revolução.
(Kenneth Maxwell. “Conjuração Mineira: novos aspectos”. Estudos Avançados, 1989. Adaptado.)
Seguindo a mesma proposta do autor do excerto, a historiografia contemporânea tem priorizado a nomenclatura “Conjuração Mineira” à “Inconfidência Mineira”, pois a nova terminologia enfatiza
- a falta de lealdade dos colonos em relação aos portugueses, pois existiam negociações em andamento.
- a fragmentação de interesses das lideranças, que tinham por inspiração os iluministas europeus.
- a organização dos mineiros contrários ao pacto colonial, ainda que tenham sido malsucedidos.
- a participação de setores populares no movimento, incluindo as lutas pelo fim da escravidão.
- a importância do catolicismo na mobilização, bem como dos ideais defendidos pela arte barroca.
Resposta: C
Resolução:
O autor do excerto, Kenneth Maxwell, argumenta que a palavra "inconfidência" é uma designação negativa, que foi cunhada pelos portugueses para deslegitimar o movimento. Ele defende que a nomenclatura "Conjuração Mineira" é mais adequada, pois enfatiza a organização e a mobilização dos mineiros contrários ao pacto colonial.
A historiografia contemporânea tem priorizado a nomenclatura "Conjuração Mineira" por essa mesma razão. Essa terminologia enfatiza o caráter político e revolucionário do movimento, que buscava a independência do Brasil de Portugal.
As demais alternativas não são corretas. A falta de lealdade dos colonos em relação aos portugueses é um aspecto que pode ser discutido, mas não é o principal foco da historiografia contemporânea sobre a Conjuração Mineira. A fragmentação de interesses das lideranças é um aspecto importante do movimento, mas não é o único. A participação de setores populares no movimento é um aspecto que tem sido cada vez mais estudado, mas não é o mais enfatizado pela historiografia contemporânea. A importância do catolicismo e dos ideais defendidos pela arte barroca são aspectos que também estão presentes no movimento, mas não são os principais.
Portanto, a resposta correta é a (c), a organização dos mineiros contrários ao pacto colonial, ainda que tenham sido malsucedidos.
Aqui está um resumo dos principais argumentos a favor da nomenclatura "Conjuração Mineira":
A palavra "inconfidência" é uma designação negativa, cunhada pelos portugueses para deslegitimar o movimento.
A Conjuração Mineira foi um movimento político e revolucionário, que buscava a independência do Brasil de Portugal.
A nomenclatura "Conjuração Mineira" enfatiza o caráter organizado e mobilizado do movimento.
19. (Albert Einstein 2023-2) Para o caboclo, a modernização, suas ideias e vontades se mostraram de forma excludente e violenta, pois começavam a alterar toda uma visão de mundo, toda uma celebração da tradição. Do lado das elites, a nova cultura estava cada vez mais ligada ao racionalismo dos costumes, da produção, do trabalho e do capital, impondo-se como cotidiano, adotado como cultura.
(Everton Carlos Crema. “Monarquistas ou republicanos: a história das ideias políticas na Guerra do Contestado (1912-1916)”. Ensino & Pesquisa, 2013. Adaptado.)
O excerto refere-se ao período do desenvolvimento do Contestado (1912-1916), conflito que teve por principais características
- a desigualdade social e a defesa do parlamentarismo.
- as políticas higienistas e a atuação do banditismo social.
- a luta pela manutenção das ferrovias e do estado laico.
- a ênfase religiosa e as disputas pela propriedade da terra.
- o incentivo à urbanização e o caráter popular dos envolvidos.
Resposta: D
Resolução: O excerto refere-se à visão de mundo do caboclo, que era uma visão tradicional, baseada na religião e na agricultura. A modernização, representada pela expansão do capitalismo e pela industrialização, representava uma ameaça a essa visão de mundo.
A Guerra do Contestado foi um conflito que ocorreu na região sul do Brasil, entre os estados de Santa Catarina e Paraná. O conflito foi motivado por disputas pela propriedade da terra, mas também teve um forte componente religioso. Os caboclos, que eram a maioria dos envolvidos no conflito, defendiam a posse da terra com base em seus direitos históricos e religiosos.
As demais alternativas não são corretas. A desigualdade social e a defesa do parlamentarismo foram características da Revolução de 1932, que ocorreu no Brasil. As políticas higienistas e a atuação do banditismo social foram características da Primeira República brasileira. A luta pela manutenção das ferrovias e do estado laico foram características da República Velha. O incentivo à urbanização e o caráter popular dos envolvidos foram características da ditadura militar brasileira.
Portanto, a resposta correta é a (d), a ênfase religiosa e as disputas pela propriedade da terra.
Aqui está um resumo das principais características da Guerra do Contestado:
O conflito ocorreu na região sul do Brasil, entre os estados de Santa Catarina e Paraná.
O conflito foi motivado por disputas pela propriedade da terra.
O conflito teve um forte componente religioso.
Os caboclos, que eram a maioria dos envolvidos no conflito, defendiam a posse da terra com base em seus direitos históricos e religiosos.
A Guerra do Contestado foi um conflito complexo, que envolveu uma série de fatores, incluindo a desigualdade social, a expansão do capitalismo e a modernização.
20. (Albert Einstein 2023-2) Na história recente do Brasil, o desejo estampado na pichação foi concretizado legalmente com a instauração da
- Constituição Federal, de 1988.
- Lei da Anistia, de 1979.
- Comissão da Verdade, de 2011.
- Lei Falcão, de 1976.
- Emenda Constitucional Dante de Oliveira, de 1984.
Resposta: A
Resolução: A Constituição Federal de 1988 é a lei fundamental e suprema do Brasil, servindo de parâmetro de validade a todas as demais espécies normativas, situando-se no topo do ordenamento jurídico.
A Constituição de 1988 foi promulgada em 5 de outubro de 1988, após um longo processo de redemocratização do Brasil. Ela é considerada uma das mais progressistas do mundo, pois consagra uma série de direitos e garantias fundamentais, como o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à propriedade e à educação