Unicamp 2025: Física
08. (UNICAMP 2025) Mudanças climáticas têm influenciado correntes de ar na alta atmosfera. Em particular, na região do Atlântico Norte, onde ventos fortes geralmente sopram de oeste para leste, os tempos de voos têm sofrido alterações. Em uma viagem de Baltimore (EUA) a Londres (Reino Unido), o tempo total de voo é igual a oito horas quando não há vento em toda a trajetória. Considere agora uma viagem subdividida em três trechos (A, B e C), conforme a figura a seguir. No trecho B, na direção de oeste para leste, há vento com velocidade constante de módulo
Sendo, nos três trechos, o módulo da velocidade média do avião vavião v, ento = 750 km/h, podemos afirmar que
- o módulo da velocidade média do avião em relação ao solo no trecho B é = 500 km/h, e o tempo de viagem no mesmo trecho é ∆t = 4,0 h.
- o módulo da velocidade média do avião em relação ao solo no trecho B é = 500 km/h, e o tempo de viagem no mesmo trecho é ∆t = 2,0 h.
- o módulo da velocidade média do avião em relação ao solo no trecho B é = 1000 km/h, e o tempo de viagem no mesmo trecho é ∆t = 4,0 h.
- o módulo da velocidade média do avião em relação ao solo no trecho B é = 1000 km/h, e o tempo de viagem no mesmo trecho é ∆t = 2,0 h.
Resposta: D
Resolução: A alternativa correta é a letra D. A velocidade média em relação ao solo é de 1000 km/h, e o tempo de viagem no trecho B é de 2 horas. O vento no trecho B aumenta a velocidade do avião em relação ao solo, e, considerando os dados fornecidos, essa combinação de velocidade e tempo faz com que a alternativa D seja a correta.
Texto comum às questões 9 e 10.
Os últimos anos testemunharam a retomada do interesse de alguns países pela exploração da Lua. Diversas missões com destino a esse satélite foram lançadas: Chandrayaan-3 (Índia, 2023), Luna 25 (Rússia, 2023), Peregrine Mission One (EUA, 2024), Slim (Japão, 2024) e Chang´e 6 (China, 2024).
09. (UNICAMP 2025) Uma sonda descreve, em torno da Lua, uma órbita circular de raio r = 1,848 × 10⁶ m e dá uma volta completa num período T = 2,0 h. Nesse movimento circular uniforme, qual a velocidade escalar da sonda em relação ao centro da Lua? Se necessário, use π ≈ 3,0.
- 256,6 m/s.
- 1540 m/s.
- 3696 km/s.
- 5544 km/s.
Resposta: B
Resolução: Essa questão envolve o cálculo da velocidade escalar de uma sonda orbitando a Lua em movimento circular uniforme. Sabemos que a velocidade escalar é dada por v = 2πr/T, onde R, 1,848 x 106 m e T = 2,0h = 7200s
Substituindo esses valores, temos: 2x3,0x1,848x106/7200 = 1540
10. (UNICAMP 2025) Ao longo da linha que une o centro da Terra ao da Lua (ver figura A), há um ponto P para o qual as forças gravitacionais da Terra, FTerra, e da Lua, FLua, exercidas sobre uma sonda, têm módulos iguais e sentidos opostos. Isso significa que, no ponto P, essas duas forças se cancelam.
O gráfico da figura B representa a componente da aceleração resultante a das forças e ao longo da referida linha, sendo r a distância ao centro da Terra e d 380 000 km a distância Terra-Lua. Valores positivos de a indicam que o vetor aceleração aponta para a Lua, enquanto que valores negativos de a implicam que esse vetor aponta para a Terra
O ponto P fica aproximadamente a que distância do centro da Lua?
- 38 000 km.
- 114 000 km.
- 266 000 km.
- 342 000 km.
Resposta: A
Resolução: Aqui, estamos buscando o ponto P ao longo da linha Terra-Lua onde as forças gravitacionais da Terra e da Lua se cancelam. Usando a figura e o gráfico, podemos identificar que o ponto P está aproximadamente a 38 000 km do centro da Lua.
11. (UNICAMP 2025) O projeto internacional DUNE (Deep Underground Neutrino Experiment) é um gigantesco experimento idealizado para o estudo de neutrinos. Para a detecção da luz emitida quando os neutrinos atravessam enormes tanques de argônio líquido, foi projetado na Unicamp um dispositivo chamado Arapuca, cuja função é aumentar a área de coleta da luz, confinando-a no interior de uma caixa que contém os sensores. Antes de entrar na Arapuca, a luz emitida, de comprimento de onda λ1 = 128 nm, incide num material que tem por finalidade modificar o comprimento de onda da radiação, de modo que, ao emergir desse material, o novo comprimento de onda da luz passe a ser λ2 = 350 nm. Considere que, nessa etapa do experimento, ambos os feixes luminosos de comprimentos de onda λ1 e λ2 propagam-se no mesmo meio. Sendo f1 a frequência e v1 a velocidade da luz no comprimento de onda λ1, e f2 a frequência e v2 a velocidade da luz no comprimento de onda λ2, pode-se afirmar que
- a frequência f2 é maior que a frequência f1 ; a velocidade v2 é igual à velocidade v1 .
- a frequência f2 é menor que a frequência f1 ; a velocidade v2 é igual à velocidade v1 .
- a frequência f2 é igual à frequência f1 ; a velocidade v2 é maior que a velocidade v1 .
- a frequência f2 é igual à frequência f1 ; a velocidade v2 é menor que a velocidade v1 . .
Resposta: B
Resolução: A velocidade da luz (v) em um meio permanece constante para diferentes comprimentos de onda, portanto, v1 = v2.
A frequência (f) e o comprimento de onda (λ) de uma onda estão relacionados pela fórmula v = f ⋅ λ.
Como λ2 > λ1, e sabendo que a velocidade da luz é constante no mesmo meio, a frequência f2 deve ser menor que a frequência f1, porque f = v/λ .
12. (UNICAMP 2025) Pesquisas recentes demonstraram que alguns compostos, como o ZnW2O8, apresentam coeficiente de dilatação térmica linear (α) negativo, diferentemente da maioria dos materiais, que se expandem com o aquecimento. O gráfico a seguir ilustra a variação, em função da temperatura, do comprimento L de uma barra dessa classe de materiais
Considerando que o coeficiente de dilatação α seja aproximadamente constante no intervalo de temperatura entre 0o C e 50oC , pode-se dizer que o valor de α nesse intervalo é igual a
- – 1,0×10–7 ºC–1.
- – 5,0×10–6 ºC–1.
- – 2,5×10–4 ºC–1.
- – 4,0×10–2 ºC–1.
Resposta: B
Resolução: A variação linear do comprimento L em função da temperatura T é dada por ΔL = αL0ΔT.
No gráfico, observa-se uma diminuição de 0,125 mm para uma variação de temperatura de 50°C.
Inicialmente L0 = 1,0000 mm.
α = ΔL / L0ΔT =
− 0,000125m/1m × 50 °C =
− 2,5 × 10−6°C -1.
Texto comum às questões 13 e 14.
A energia solar desempenha papel substancial nas soluções energéticas de desenvolvimento sustentável: além de fazer uso de tecnologia pouco agressiva ao ambiente, é uma enorme fonte de energia renovável.
13. (UNICAMP 2025) Operando em condições ótimas, um painel solar gera energia elétrica numa potência P = 462 W, com uma diferença de potencial Upainel = 42 V nos seus terminais. Para que a energia gerada seja armazenada numa bateria de diferença de potencial Ubat = 12 V, usa-se um dispositivo que ajusta a diferença de potencial, dispositivo este chamado de controlador de carga (ver figura). Se, numa situação ideal, toda a energia gerada pelo painel é armazenada na bateria, quais os valores das correntes elétricas ipainel e ibat nos terminais do painel e da bateria, respectivamente?
- ipainel =11 A e ibat = 38,5 A.
- ipainel =11 A e ibat = 3,1 A.
- ipainel =134,75 A e ibat = 38,5 A.
- ipainel =134,75 A e ibat = 3,1 A.
Resposta: A
Resolução: A potência P do painel solar é 462 W e a diferença de potencial U painel = 42 V.
A corrente no painel: ipainel = P/U painel = 462/42 = 11 A .
A diferença de potencial da bateria Ubat = 12 V.
Corrente na bateria: ibat = P/Ubat = 462/12 = 38,5 A.
14. (UNICAMP 2025) A área de um painel solar que gera uma potência elétrica P = 462 W é A = 2,5 m². A intensidade da radiação solar que incide no painel, ou seja, a potência da radiação solar por unidade de área do painel, é Isolar = 924 W/m². Qual é a eficiência do painel solar, ou seja, qual é a razão entre a energia elétrica gerada e a energia solar que incide no painel num dado intervalo de tempo?
- 5 %.
- 20 %.
- 50 %.
- 80 %.
Resposta: B
Resolução: A eficiência de um painel solar pode ser calculada pela razão entre a potência elétrica gerada pelo painel e a potência da radiação solar que incide sobre ele. A fórmula da eficiência é: