Primeiro Reinado 1822-1831
Lista de 07 exercícios de História com gabarito sobre o tema Primeiro Reinado 1822-1831 com questões da Fuvest.
1. (Fuvest) No Brasil, tanto no Primeiro Reinado, quanto no período regencial
- aconteceram reformas políticas que tinham por objetivo a democratização do poder.
- ocorreram embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a pôr em perigo a independência.
- disseminaram-se as idéias republicanas até a constituição de um partido político.
- mantiveram-se as mesmas estruturas institucionais do período colonial.
- houve tentativas de separação das províncias que puseram em perigo a unidade nacional.
Resposta: E
Resolução: Durante o Primeiro Reinado e o período regencial, o Brasil enfrentou várias tentativas de separação de algumas províncias, como a Confederação do Equador e a Revolta dos Farrapos. Esses movimentos separatistas representaram um desafio à unidade nacional e refletiram as tensões políticas e sociais da época.
2. (Fuvest) Ao proclamarem a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime republicano, seguindo o modelo norte-americano. O Brasil optou pelo regime monárquico:
- pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros.
- porque a República traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da proclamação da independência dos Estados Unidos.
- como conseqüência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na colônia.
- pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos.
- em oposição ao regime republicano português implantado pelas cortes.
Resposta: C
Resolução: A instalação da corte portuguesa no Brasil, em 1808, devido à invasão napoleônica em Portugal, desencadeou uma série de transformações políticas e sociais. A permanência da corte no Brasil e o subsequente processo de independência contribuíram para a manutenção do regime monárquico no país. A presença da corte no Brasil também influenciou a estrutura política e administrativa, favorecendo a manutenção de um sistema monárquico.
3. (Fuvest) Sobre a dívida pública externa do Brasil independente, é certo afirmar que começou a ser contraída
- nos primeiros anos da República, por iniciativa do Ministro da Fazenda Ruy Barbosa, preocupado com a escassez monetária.
- por ocasião da Guerra do Paraguai, para financiar os enormes gastos decorrentes do conflito.
- logo após a Independência, destinando-se o primeiro empréstimo a indenizar Portugal pela perda da colônia.
- quando se implantaram os primeiros planos de valorização do café, a partir do convênio firmado em Taubaté, em 1906.
- logo após a Revolução de 1930, a fim de se enfrentar o abalo financeiro resultante da crise de 1929.
Resposta: C
Resolução: Após a independência do Brasil, em 1822, o novo país assumiu algumas dívidas e compromissos financeiros relacionados ao processo de independência e à indenização de Portugal pela perda da colônia. Portanto, a dívida pública externa do Brasil independente começou a ser contraída logo após a independência, com o objetivo de indenizar Portugal.
4. (Fuvest) A economia brasileira, durante o período monárquico, caracterizou-se fundamentalmente
- pelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de serviços.
- pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria.
- pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional.
- pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais.
- pela convivência das mãos-de-obra escrava e imigrante e pelo controle do "déficit" público.
Resposta: D
Resolução: Durante o período monárquico no Brasil, a economia do país estava fortemente orientada para a produção destinada ao mercado externo, especialmente através da exportação de produtos agrícolas como café, açúcar e borracha. Além disso, o governo monárquico buscou ativamente investimentos internacionais para desenvolver a economia do país, especialmente após a abertura dos portos em 1808 e durante o Segundo Reinado.
5. (Fuvest) Houve um estremecimento nas relações entre os Estados inglês e brasileiro, na primeira metade do século XIX, em conseqüência da forte pressão que a Inglaterra exerceu sobre o Brasil a partir do reconhecimento da Independência (1826).
Tais pressões decorreram
- da anexação do Uruguai por D. Pedro e da sua transformação em Província Cisplatina, limitando o comércio inglês no Prata.
- da oposição inglesa aos privilégios alfandegários concedidos, desde 1819, aos produtos portugueses importados pelo Brasil.
- dos incentivos do governo brasileiro à exportação de algodão, o que tornava este produto mais barato do que o produzido nas colônias britânicas.
- do início da imigração européia para o Brasil, fato que poderia levar à industrialização e à diminuição das importações de produtos ingleses.
- da oposição do Estado inglês ao tráfico negreiro que o governo brasileiro, depois de resistir, proibiu, em 1850.
Resposta: E
Resolução: Durante a primeira metade do século XIX, as relações entre o Brasil e a Inglaterra foram tensas devido à pressão britânica para acabar com o tráfico negreiro. A Grã-Bretanha liderou esforços internacionais para acabar com o comércio de escravos, e o Brasil foi pressionado a abolir essa prática. A proibição do tráfico de escravos pelo Brasil em 1850 foi uma das respostas a essa pressão, e é um exemplo claro das tensões entre os dois países nesse período.
6. (Fuvest) A Constituição Brasileira de 1824 colocou o Imperador à testa de dois Poderes. Um deles lhe era "delegado privativamente" e o designava "Chefe Supremo da Nação" para velar sobre "o equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos", o outro Poder o designava simplesmente "Chefe" e era delegado aos Ministros de Estado.
Estes Poderes eram respectivamente:
- Executivo e Judiciário
- Executivo e Moderador
- Moderador e Executivo
- Moderador e Judiciário
- Executivo e Legislativo.
Resposta: C
Resolução: Na Constituição Brasileira de 1824, o Imperador era colocado à frente de dois Poderes. O poder delegado privativamente ao Imperador, designado "Chefe Supremo da Nação", para velar sobre o equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos, era o Poder Moderador. O outro poder, designado simplesmente "Chefe" e delegado aos Ministros de Estado, era o Poder Executivo.
7. (Fuvest) Podemos afirmar que tanto na Revolução Pernambucana de 1817, quanto na Confederação do Equador de 1824,
- o descontentamento com as barreiras econômicas vigentes foi decisivo para a eclosão dos movimentos.
- os proprietários rurais e os comerciantes monopolistas estavam entre as principais lideranças dos movimentos.
- a proposta de uma república era acompanhada de um forte sentimento antilusitano.
- a abolição imediata da escravidão constituía-se numa de suas principais bandeiras.
- a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Recife, não se espalhando pelo interior.
Resposta: C
Resolução: Tanto na Revolução Pernambucana de 1817 quanto na Confederação do Equador de 1824, havia um forte sentimento antilusitano, decorrente das tensões políticas e sociais em relação à dominação portuguesa. Ambos os movimentos buscavam a independência e, em muitos casos, a instauração de uma república, refletindo a insatisfação com o domínio colonial e a busca por autonomia política.