Idade Moderna
Lista de 20 exercícios de História com gabarito sobre o tema Idade Moderna com questões da Unesp.
Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Idade Moderna.
01. (Unesp 2021) As práticas econômicas mercantilistas são frequentemente relacionadas aos Estados modernos e representam
- uma concentração de capitais, alcançada principalmente por meio da exploração colonial e de mecanismos de proteção comercial.
- uma difusão do comércio em escala mundial, obtida com a globalização da economia e a multipolaridade geoestratégica.
- uma redução profunda no grau de intervenção do Estado na economia, que passou a ser gerida pelos movimentos do mercado.
- o resultado da concentração do poder político nas mãos de governantes que defendiam, sobretudo, os valores e interesses da burguesia industrial.
- o combate sistemático às formas compulsórias de trabalho, que impediam o crescimento dos mercados consumidores internos nos países europeus.
02. (Unesp 2021) Analise os desenhos.
Neste trabalho de Leonardo da Vinci, transparece a sua dedicação alicerçada no racionalismo, no experimentalismo científico e no antropocentrismo, características do movimento ________, que, mais de três séculos depois, também influenciaram os ideais evolucionistas de Charles Darwin. A análise desta brilhante investigação científica evidencia a relação evolutiva entre órgãos _________ e de ________ origem embrionária.
As lacunas do texto são preenchidas, respectivamente, por:
- iluminista – análogos – diferente.
- iluminista – homólogos – mesma.
- renascentista – homólogos – mesma.
- renascentista – análogos – mesma.
- iluminista – homólogos – diferente.
03. (Unesp 2021) [Leonardo da Vinci] viu que “a água corrente detém em si um número infinito de movimentos”.
Um “número infinito”? Para Leonardo, não se trata apenas de uma figura de linguagem. Ao falar da variedade infinita da natureza e sobretudo de fenômenos como as correntes de água, ele estava fazendo uma distinção baseada na preferência por sistemas analógicos sobre os digitais. Em um sistema analógico, há gradações infinitas, o que se aplica à maioria das coisas que fascinavam Leonardo: sombras de sfumato, cores, movimento, ondas, a passagem do tempo, a dinâmica dos fluidos.
(Walter Isaacson. Leonardo da Vinci, 2017.)
A partir da explicação do texto sobre Leonardo da Vinci, pode-se afirmar que
- o princípio cristão da vida eterna orientou o pensamento renascentista.
- o materialismo pré-socrático foi a principal sustentação teórica do Renascimento.
- os experimentos da Antiguidade oriental basearam a ciência renascentista.
- as concepções artísticas medievais fundamentaram a arte renascentista.
- a observação da pluralidade da natureza foi um dos fundamentos do Renascimento.
04. (Unesp 2020) Na Europa, as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América.
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque. Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)
O texto relaciona
- a restauração das monarquias absolutistas no continente europeu, a industrialização dos Estados Unidos e a constituição da Federação dos Estados Independentes da América Latina.
- a influência da Igreja católica nos assuntos políticos europeus, o controle britânico dos mares depois do Ato de Navegação e o avanço imperialista dos Estados Unidos sobre o Brasil.
- a disposição europeia de recolonização da América, o Bloqueio Continental determinado pela França e os acordos de livre-comércio do Brasil com os países hispano- -americanos.
- a penetração dos industrializados britânicos nos mercados europeus, a tolerância portuguesa em relação ao emancipacionismo brasileiro e a independência política dos Estados Unidos.
- a reorganização da Europa continental depois do período de domínio napoleônico, os processos de independência na América e a ampliação do controle comercial mundial pela Inglaterra.
05. (Unesp 2019) Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder à questão.
Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.
Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.
Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.
Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.
(A dança do universo, 2006. Adaptado.)
O medo de Copérnico de “críticas ou perseguição religiosa” (2° parágrafo) deve-se ao fato de suas ideias se oporem à teoria
- heliocêntrica.
- geocêntrica.
- humanista.
- iluminista.
- positivista.
06. (Unesp 2018) Leia o texto para responder à questão.
As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
De acordo com o texto,
- a motivação da conquista europeia da África foi essencialmente religiosa, destituída de caráter econômico.
- os líderes políticos africanos apoiavam a catequização dos povos nativos pelos conquistadores europeus.
- os africanos aceitavam a escravização e não resistiam à presença europeia no continente.
- os povos africanos reconheciam a ação europeia no continente como uma cruzada religiosa e moral.
- a escravização foi muitas vezes justificada pelos europeus como uma forma de redimir e salvar os africanos.
07. (Unesp 2019) Galileu tornou-se o criador da física moderna quando anunciou as leis fundamentais do movimento. Formulando tais princípios, ele estruturou todo o conhecimento científico da natureza e abalou os alicerces que fundamentavam a concepção medieval do mundo. Destruiu a ideia de que o mundo possui uma estrutura finita, hierarquicamente ordenada e substituiu-a pela visão de um universo aberto, infinito. Pôs de lado o finalismo aristotélico e escolástico, segundo o qual tudo aquilo que ocorre na natureza ocorre para cumprir desígnios superiores; e mostrou que a natureza é fundamentalmente um conjunto de fenômenos mecânicos.
(José Américo M. Pessanha. Galileu Galilei, 2000. Adaptado.)
A importância da obra de Galileu para o surgimento da ciência moderna justifica-se porque seu pensamento
- resgatou uma concepção medieval de mundo.
- baseou-se em uma visão teológica sobre a natureza.
- fundamentou-se em conceitos metafísicos.
- fundou as bases para o desenvolvimento da alquimia.
- atribuiu regularidade matemática aos fenômenos naturais.
08. (Unesp 2018) Leia o texto para responder à questão.
As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
O texto caracteriza
- o mercado atlântico de africanos escravizados em seu período de maior intensidade e o controle do tráfico pelas Companhias de Comércio.
- o avanço gradual da presença europeia na África e a conformação de um modelo de exploração da natureza e do trabalho.
- as estratégias da colonização europeia e a sua busca por uma exploração sustentável do continente africano.
- o caráter laico do Estado português e as suas ações diplomáticas junto aos reinos e às sociedades organizadas da África.
- o pioneirismo português na expansão marítima e a concentração de sua atividade exploradora nas áreas centrais do continente africano.
09. (Unesp 2018) Ainda hoje a palavra Renascimento evoca a ideia de uma época dourada e de homens libertos dos constrangimentos sociais, religiosos e políticos do período precedente. Nessa “época dourada”, o individualismo, o paganismo e os valores da Antiguidade Clássica seriam cultuados, dando margem ao florescimento das artes e à instalação do homem como centro do universo.
(Tereza Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995. Adaptado.)
O texto refere-se a uma concepção acerca do Renascimento cultural dos séculos XV e XVI que
- projeta uma visão negativa da Idade Média e identifica o Renascimento como a origem de valores ainda hoje presentes.
- estabelece a emergência do teocentrismo e reafirma o poder tutelar da Igreja Católica Romana.
- caracteriza a história da arte e do pensamento como desprovida de rupturas e marcada pela continuidade nas propostas estéticas.
- valoriza a produção artística anterior a esse período e identifica o Renascimento como um momento de declínio da criatividade humana.
- afirma o vínculo direto das invenções e inovações tecnológicas do período com o pensamento mítico da Antiguidade.
10. (Unesp 2016) As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra
- a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da Igreja Católica.
- a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do lucro e da ascensão da burguesia.
- o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão administrativa e doutrinária da Igreja Católica.
- as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na América e na Ásia.
- o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica.
11. (Unesp 2016) Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores, ao lado das cartas náuticas, seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.
A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos aos africanos ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravização no Novo Mundo. A desumanização de suas práticas serviria como justificativa compensatória para a coisificação dos negros e para o uso de sua força de trabalho nas plantations da América.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)
A partir do texto, é correto afirmar que a dominação europeia da África, entre os séculos XV e XVIII,
- derivou prioritariamente dos valores do islamismo, aprisionando os corpos dos africanos para, com o sacrifício, salvar suas almas.
- foi um esforço humanitário, que visava libertar povos oprimidos por práticas culturais e hábitos pré-históricos e selvagens.
- baseou-se em avanços científicos e em pressupostos liberais, voltados à eliminação de preconceitos raciais e sociais.
- sustentou-se no comércio e na construção de um imaginário acerca do continente africano, que legitimava a ideia de superioridade europeia.
- fundamentou-se nas orientações dos relatos de viajantes, que mostravam fascínio e respeito pelas culturas nativas africanas.
12. (Unesp 2016) Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar
- a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os comerciantes genoveses e venezianos.
- a centralização monárquica e o desenvolvimento de conhecimentos cartográficos e astronômicos.
- a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e tecnológico britânico.
- o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio entre as nações.
- o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas de conservação dos alimentos.
13. (Unesp 2017) A pintura representa no martírio de Cristo os seguintes princípios culturais do Renascimento italiano:
- a imitação das formas artísticas medievais e a ênfase na natureza espiritual de Cristo.
- a preocupação intensa com a forma artística e a ausência de significado religioso do quadro.
- a disposição da figura de Cristo em perspectiva geométrica e o conteúdo realista da composição.
- a gama variada de cores luminosas e a concepção otimista de uma humanidade sem pecado.
- a idealização do corpo do Salvador e a noção de uma divindade desvinculada dos dramas humanos.
14. (Unesp 2017) O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seus valores estejam sendo atacados por elementos como os fundamentalistas americanos e o islamismo radical, isto é, pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo”. Estas palavras do historiador britânico Anthony Pagden chegam em um momento em que algumas forças insistem em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo é um projeto importante e em incessante evolução. Proporciona uma imagem de um mundo capaz tanto de alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar- -se das restrições do tipo de normas morais oferecidas pelas comunidades religiosas e suas análogas ideologias laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusive, o comunitarismo”, afirma Pagden.
(Winston Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.)
No texto, o Iluminismo é entendido como
- um impulso intelectual propagador de ideologias políticas e religiosas contrárias à hegemonia do Ocidente.
- um movimento filosófico e intelectual de valorização da razão, da liberdade e da autonomia, restrito ao século XVIII.
- uma tendência de pensamento legitimadora do domínio colonialista e imperialista exercido pelas nações europeias.
- um projeto intelectual eurocêntrico baseado em imagens de mundo dotadas de universalidade teológica.
- uma experiência intelectual racional e emancipadora, de origem europeia, porém passível de universalização.
15. (Unesp 2017) Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não seja suficiente, é preciso recorrer à segunda. Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para que recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado.
(Nicolau Maquiavel. O príncipe, 1983.)
O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do Renascimento italiano, orienta o governante a
- defender a fé e honrar os valores morais e sagrados.
- valorizar e priorizar as ações armadas em detrimento do respeito às leis.
- basear suas decisões na razão e nos princípios éticos.
- comportar-se e tomar suas decisões conforme a circunstância política.
- agir de forma a sempre proteger e beneficiar os governados.
16. (Unesp 2015)
A imagem reproduz um auto de fé. Essas cerimônias
- ocorreram em todos os países da Europa e nas regiões colonizadas por portugueses e espanhóis.
- permitiram a difusão do catolicismo e tiveram papel determinante na erradicação do protestantismo na Europa central.
- eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja Católica não tinha vínculo com a perseguição e a punição dos hereges.
- tinham caráter exemplar, expondo publicamente os réus forçados a pedir perdão, antes de serem encaminhados para a execução.
- visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo protestantes nem católicos romanos ou ortodoxos.
17. (Unesp 2015) O pensamento iluminista, baseado no racionalismo, individualismo e liberdade absoluta do homem, ao criticar todos os fundamentos em que se assentava o Antigo Regime, revelava as suas contradições e as tornava transparentes aos olhos de um número cada vez maior de pessoas.
(Modesto Florenzano. As revoluções burguesas, 1982. Adaptado.)
Entre as críticas ao Antigo Regime, mencionadas no texto, podemos citar a rejeição iluminista do
- princípio da igualdade jurídica.
- livre comércio.
- liberalismo econômico.
- republicanismo.
- absolutismo monárquico.
18. (Unesp 2015) Em minha proclamação como Rei, já há quase quatro décadas, assumi o firme compromisso de servir aos interesses gerais da Espanha, com o afã de que os cidadãos chegassem a ser os protagonistas do seu próprio destino, e nossa Nação, uma democracia moderna, plenamente integrada na Europa. Propus-me então a encabeçar a apaixonante tarefa nacional que permitiu aos cidadãos elegerem seus legítimos representantes e levarem a cabo essa grande e positiva transformação da Espanha, da qual tanto necessitávamos. Hoje, quando olho para trás, não posso sentir senão orgulho e gratidão por vocês.
(Discurso de abdicação do Rei Juan Cartos, da Espanha, em 02.06.2014. http//brasil.elpais.com)
A ascensão de Juan Carlos ao trono da Espanha, mencionada no texto, deu-se com
- o fim da Guerra Civil Espanhola, vencida pelos fascistas, que extinguiram a república e reinstauraram a monarquia no país.
- a revolução social encabeçada pelos republicanos, que contaram com amplo apoio de tropas internacionais de voluntários.
- a derrota dos movimentos separatistas basco e catalão, que, durante a ditadura franquista, haviam provocado a fragmentação política e territorial da Espanha.
- a incorporação da Espanha à União Europeia, após o golpe monárquico que derrubou o regime fascista que controlou o país por quase quatro décadas.
- o início de um processo amplo de redemocratização do país, após ter atravessado quase quatro décadas sob a ditadura franquista.
19. (Unesp 2012) A Revolução Puritana (1640) e a Revolução Gloriosa (1688) transformaram a Inglaterra do século XVII. Sobre o conjunto de suas realizações, pode-se dizer que
- determinaram o declínio da hegemonia inglesa no comércio marítimo, pois os conflitos internos provocaram forte redução da produção e exportação de manufaturados.
- resultaram na vitória política dos projetos populares e radicais dos cavadores e dos niveladores, que defendiam o fim da monarquia e dos privilégios dos nobres.
- envolveram conflitos religiosos que, juntamente com as disputas políticas e sociais, desembocaram na retomada do poder pelos católicos e em perseguições contra protestantes.
- geraram um Estado monárquico em que o poder real devia se submeter aos limites estabelecidos pela legislação e respeitar as decisões tomadas pelo Parlamento.
- precederam as revoluções sociais que, nos dois séculos seguintes, abalaram França, Portugal e as colônias na América, provocando a ascensão política do proletariado industrial.
20. (Unesp 2011) O fim último, causa final e desígnio dos homens (...), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (...) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos (...).
(Thomas Hobbes. Leviatã, 1651. In: Os pensadores, 1983.)
De acordo com o texto,
- os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a disputa e a competição entre eles.
- as sociedades dependem de pactos internos de funcionamento que diferenciem os homens bons dos maus.
- os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, necessários para sua convivência.
- as guerras são consequências dos interesses dos Estados, preocupados em expandir seus domínios territoriais.
- os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o convívio social entre eles.