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Idade Média

Lista de 04 exercícios de História com gabarito sobre o tema Idade Média com questões da UEG.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Idade Média.




01. (UEG 2019) Leia o texto a seguir.

Tomai o caminho do Santo Sepulcro; arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos. Essa terra em que, como diz a Escritura: “jorra leite e mel” foi dada por Deus aos filhos de Israel. Jerusalém é o umbigo do mundo, a terra mais que todas frutífera, como um novo paraíso dos deleites.

Papa Urbano II. In: HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. São Paulo: Zahar, 1979. p. 28.

O texto citado é um trecho do discurso do papa Urbano II no Concílio de Clemont, em 1095, no qual o pontífice defende a necessidade de os europeus partirem em uma Cruzada rumo ao oriente.

Essa expedição militar ficou conhecida como

  1. Cruzada dos Reis, fracassada militarmente, mas que estabeleceu acordos diplomáticos que possibilitaram peregrinações a Jerusalém.
  2. Cruzada das Crianças, baseada na crença de que apenas os puros e inocentes, os “filhos de Israel”, poderiam libertar Jerusalém.
  3. Cruzada Comercial, liderada por comerciantes de Veneza, que se desviaram de Jerusalém e saquearam a cidade de Constantinopla.
  4. Cruzada dos Pobres, liderada por líderes messiânicos que pretendiam enriquecer conquistando os tesouros de Jerusalém.
  5. Cruzada dos Nobres, uma campanha bem-sucedida que chegou a fundar em moldes feudais o Reino Latino de Jerusalém.

02. (UEG 2016) Leia o texto a seguir.

A Cruzada foi fonte de enormes infelicidades, desde a própria época: a tomada de Jerusalém, em 1099, o saque de Constantinopla em 1204 são páginas vergonhosas da história do Ocidente Cristão [...]. É claro que a Cruzada foi muito importante para a identidade da cristandade: um tal projeto une uma comunidade, dá-lhe uma unidade.

LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. p. 101–102.

Quando, no século XI, o papa Urbano II convocou a Primeira Grande Cruzada ao Oriente, usou como justificativa para tamanha movimentação de tropas e recursos o projeto de

  1. reafirmar a universalidade da fé católica, ameaçada pelas conversões em massa dos cristãos do Oriente ao islamismo.
  2. reunificar os Impérios Romano do Oriente e do Ocidente, separados desde o Édito de Tessalônica de 395.
  3. retomar a posse de reinos cristãos ibéricos ocupados por muçulmanos, num projeto militar chamado de Reconquista.
  4. defender os cristãos do Oriente e a retomada dos “lugares santos” que estavam em posse dos muçulmanos.
  5. punir os cavaleiros cristãos que desobedeciam a Paz e a Trégua de Deus, enviando-os em missão suicida ao Oriente.

03. (UEG 2014)

A gravura apresentada foi produzida no contexto da Reforma Protestante, ocorrida na Alemanha no século XVI. Ela critica qual prática católica?

  1. A de que a crença na infalibilidade do papa foi transformada em dogma.
  2. A de que as indulgências eram um meio de livrar as almas do Purgatório.
  3. A de que a prática da usura era um pecado que impedia a salvação do fiel.
  4. A de que a tradição da Igreja possuía um peso religioso maior do que as Escrituras.

04. (UEG 2013) A justiça feudal

Imagine que um servo se sentisse injustiçado pelo senhor feudal. A quem ele iria reclamar? Àquele que controlava as leis e julgamentos no feudo, ou seja... o próprio senhor feudal! O nobre poderia, gentilmente propor para “deixar o julgamento nas mãos de Deus”. Como seria isso? O servo deveria segurar um ferro em brasa, ou então ser amarrado a uma pedra enorme e atirado no rio: diziam que se ele fosse inocente Deus não o deixaria queimar-se ou afogar-se... Dá pra perceber que poucos servos conseguiam o que queriam.

SCHMIDT, Mario. Nova História Crítica: moderna e contemporânea. São Paulo: Nova Geração, 1996. p. 9.

O texto citado descreve um aspecto do direito consuetudinário vigente na Europa medieval. Do ponto de vista sociológico, a situação descrita no texto pode ser caracterizada como um exemplo de

  1. fetichismo da mercadoria, já que se acreditava que o sobrenatural teria influência para resolver os conflitos entre duas classes sociais.
  2. alienação social, uma vez que, pelo fato de serem analfabetos, os servos desconheciam os códigos de leis que lhes garantiam os seus direitos.
  3. divisão social do trabalho, uma vez que a nobreza ocupava as funções de alta magistratura, impedindo os servos de alcançarem a proteção social.
  4. luta de classes, em que a classe dominante impõe seus interesses à classe dominada, algo efetivado cotidianamente nas práticas e costumes.

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